OBRIGAÇÃO X DECEPÇÃO

Gostar de perder nem Sócio Fundador da FlaDeprê gosta. Mas daí a começar a achar que está tudo errado há uma grande diferença. Derrota em um amistoso, na casa do adversário, no primeiro jogo do ano e trocando o time inteiro no intervalo, tem a mesma importância de levar tempo do colega de equipe, em dia de treino livre na F1.

Nosso torcedor tem TODO o direito de cobrar evolução, mas sem que isso interfira no otimismo, em uma temporada com o início mais promissor que tivemos na última década. Não seria nenhum absurdo até sonhar ganhar TUDO que disputar.
Mas o que será que o nosso torcedor realmente espera para 2017? O que seria considerado OBRIGAÇÃO e encarado como DECEPÇÃO?

Vencer o Carioca seria OBRIGAÇÃO?
Se considerarmos que esse regional se desenrola em datas próximas de algumas importantes partidas da Libertadores, passo a achar que não. Perder jogadores fundamentais, num desses campos de várzea nos quais somos obrigados a jogar, seria trágico, além de pouco inteligente.
Mas, pelo menos, vencer o time do “Abocanhador de Charutos”, penso que é uma obrigação nossa, SIM. Já passou da hora de os recolocarmos em seu devido lugar.

E na Liga?
Será que poderia ser considerada uma decepção não vencê-la? Brigamos mais do que ninguém pela sua realização, mas, acredito eu, muito mais pela abertura de um caminho no sentido de nos libertar das correntes impostas por uma Federação Vampira, e ter opção a uma competição deficitária, do que propriamente pela necessidade da criação de mais uma competição Nacional. Independentemente de título, vamos ter bons testes pela frente.

Brasileiro?
Somos candidatos ao título? CLARO! E tenho certeza que vamos brigar por ele novamente, embora não haja como se garantir a conquista, pela interferência de fatores extra campo, como seguidamente temos visto acontecer. Mas desde que a Comebol aumentou para SEIS os classificados para a Libertadores, pelo investimento que vem sendo feito, o Flamengo tem OBRIGAÇÃO de, no mínimo, participar de TODAS as suas edições pelas próximas décadas.

Copa do Brasil:
Com a participação na Libertadores esta competição caiu para o 3° lugar em importância no ano, mas um título de expressão é FUNDAMENTAL em 2017 e sua conquista poderia se tornar um consolo aceitável, caso não alcancemos o que desejamos nas duas principais.

E a Libertadores?
Como objetivo, sem dúvida, é o principal. A Cereja do Bolo de 2017. Mas é preciso SABER jogá-la. Como sou absolutamente obcecado por sua conquista, a acompanho sempre e aprendi que a técnica não é o mais importante. Não MESMO! Mais do que técnica, para vencer Libertadores, é preciso malandragem e, principalmente, CORAÇÃO. Não chego a achar que tenhamos propriamente obrigação de vencê-la este ano, mas, evidentemente, NÃO SERIA digerível ver o Flamengo sair na primeira fase da competição novamente.

Isso colocaria em cheque todo o ótimo trabalho que vem sendo feito pela Diretoria, provocaria descrédito no elenco, muito possivelmente significaria a queda do nosso treinador (a pressão seria ENORME nesse sentido), um novo trabalho precisaria começar, nossa campanha no Brasileiro provavelmente acabaria prejudicada e ainda por cima continuaríamos no ultrajante “Pote 3” para a edição de 2018. Tudo isso, fora o fornecimento de todos os argumentos para a mídia nos espezinhar, como adora fazer. Portanto, NÃO EXISTE espaço para um novo fracasso. A classificação nesse grupo É OBRIGAÇÃO, SIM.

Sou fã assumido do Zé Ricardo, confio na sua capacidade e gostaria que continuasse seu trabalho por muito tempo. Só que, diferentemente de outras épocas, nosso elenco hoje permite uma infinidade de opções e não se aceita mais como desculpa o fato do adversário “conhecer nossa forma de jogar”.

Se nossa forma de jogar é conhecida, temos material humano para testar uma série de variáveis e optar por elas, até dentro de uma mesma partida. E um treinador que esteja à frente do FLAMENGO, tem OBRIGAÇÃO de se mostrar capaz de executar essas variações, especialmente pelo tempo que o Zé Ricardo já está no nosso comando e pela sua participação na formação do elenco.

Considero a União de um grupo FUNDAMENTAL e não tenho A MENOR dúvida que ela existe no nosso. Isso se percebe claramente na comemoração dos nossos gols, nos treinamentos e imagens de bastidores. Some-se a isso salários rigorosamente em dia, planejamento, estrutura, qualidade do elenco e um Estádio aqui na nossa cidade (com gramado perfeito e características de alçapão) para chamar de “nosso” e passo a considerar que, a partir desses dados, a responsabilidade pelo que conseguiremos este ano fica exclusivamente a cargo de uma pessoa:
– É contigo mesmo, Zé.

PRA CIMA DELES, MENGÃO !!!

PS: Se o nosso churrasco for no dia 18/02 estaria bom para vocês?

Fonte: null

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