Pior só se tivesse Fla: Atlético Nacional tem grupo com mais pontos no ranking

Na frieza dos números do ranking da Conmebol, o atual campeão da Taça Libertadores deu muito azar no sorteio dos grupos de 2017, realizado na noite da quarta-feira passada, em Assunção. Vice-líder da classificação que leva em conta o desempenho no torneio e nos respectivos campeonatos nacionais, o Atlético Nacional viu cair em sua chave quase todos os melhores colocados de cada pote. Pior, só se tivesse o Flamengo também pela frente.

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Em busca do terceiro título da Libertadores, o time colombiano pegou o Estudiantes de la Plata, melhor colocado no ranking do pote dos mais fortes depois dos cabeças de chave, e o segundo da terceira faixa de classificação, o Barcelona de Guayaquil – vice em 1990 e 98, a equipe equatoriana soma 1.470 pontos e no grupo entre os de mesma força só fica atrás do Flamengo, campeão em 1981 e com pontuação de 1.501.

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Entre todas as possibilidades do pote 4, o Atlético Nacional pode ficar com a pior também ao ter pela frente um dos quatro classificados das fases preliminares. Se tivesse um deles definidos e pegado o de melhor posição do ranking, enfrentaria o Melgar, dono de 185 pontos. Do chaveamento dos playoffs, pode sair o Olimpia, tri da Libertadores em 1979, 90 e 2002, e Intercontinental no mesmo ano da primeira conquista. Com tamanha história, soma 3.759 pontos, mais do que quase a metade dos cabeças de chave: Santos (3.044), San Lorenzo (3.066) e Grêmio (3.134). Mas o time colombiano pode ter também um mínimo de sorte e torcer para que o zerado Deportivo Municipal, do Peru, avance.

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Clube de melhor ranking e campeão da Libertadores em 2015 pela terceira vez, depois dos títulos de 1986 e 96, o River Plate também caiu em grupo de pontuação mais alta, com 8.405. Pesou para isso o Emelec, segundo com maior soma do pote 2, com 2.702. Mas acabou dando sorte com os outros adversários, Independiente Medellín, apenas o sexto da terceira faixa, com 437 pontos, e o Melgar, oitavo dessa mesma, somando 185, mas movido para o quarto por causa do deslocamento da zerada Chapecoense do último para o segundo pote devido ao título da Copa Sul-Americana.

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Entre os brasileiros, quem não pode comemorar muito são os times paulistas. O Santos está no terceiro grupo com maior pontuação, somando 7.226, que pode virar o segundo, com até 9.090, se o The Strongest passar da fase preliminar. O time boliviano acrescentaria 1.864 à chave, mais até do que o Sporting Cristal. Melhor torcer para que avance o Cerro, do Uruguai, pior classificado do ranking, com 148.

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O Palmeiras caiu num grupo com média pontuação no ranking. A soma está em 6.934 muito por causa dos 4.485 do tradicional Peñarol, pentacampeão da Libertadores, mas que conquistou todos há três décadas ou mais, em 1960, 61, 66, 82 e 87. Jorge Wilstermann, da Bolívia, tem 437 pontos, quinto maior do pote 3, e dos possíveis adversários que vêm da fase preliminar, o Junior Barranquilla, da Colômbia, é o melhor classificado, com 815.

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De ranking mais alto do seu pote, o Flamengo caiu num grupo forte, mas com apenas a sexta colocação na soma dos pontos. Entre os cabeças de chave, o San Lorenzo era o de pontuação mais baixa possível, já que está à frente apenas do Santos, com 3.066 contra 3.044, e dois times do mesmo país não podem ficar na mesma chave. O Universidad Católica é o sexto da segunda faixa, com 1.825, melhor somente do que o Guaraní, do Paraguai. Dos possíveis adversários da fase preliminar, o mais bem posicionado é o Universitario, do Peru, com 1.402. O pior é o zerado Deportivo Capiatá, do Paraguai – também podem passar o Deportivo Táchira (1.315), da Venezuela, o Millonarios (595), da Colômbia, e o Atlético-PR (488).

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Cabeça de chave, o Atlético-MG também teve adversários com pontuação média. O Libertad, do Paraguai, era o terceiro melhor do segundo pote, com 2.585. Força no ranking compensada pela fraqueza de Godoy Cruz, da Argentina, sétimo da penúltima faixa, somando 306, e Sport Boys, da Bolívia, de apenas 22,5 pontos.

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O Grêmio foi quem deu mais sorte entre os brasileiros. O Grupo 8 é o de menor pontuação, com 5.513. Do pote 2, pegou o pior classificado possível, o Guaraní, do Paraguai, cuja soma na classificação é 1.696. Mesmo zerada, a Chapecoense acabou empurrando o Sporting Cristal, do Peru, para o pote 3 e não podia mesmo cair na chave de outro clube do país.

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O time gaúcho ainda enfrenta o Zamora, quarto lugar em pontuação do pote 3, e o Deportivo Iquique, melhor do 4, mas de ranking mais baixo do que 15 dos 19 participantes que disputam uma vaga pela fase preliminar. Complicado mesmo contra os dois times deve mesmo ser a logística da viagem para a Venezuela e o norte do Chile.

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Entre os brasileiros, quem pode reclamar da sorte mesmo é o Botafogo. Caiu num chaveamento na fase preliminar contra os times de melhor pontuação da etapa. Enfrenta o Colo-Colo, cuja pontuação de 2.306 o colocaria no pote 2 da fase de grupos, e, se avançar, pode ter pela frente Olimpia, cuja soma é de cabeça de chave, ou Independiente del Valle, atual vice-campeão da Libertadores. Passado por esse caminho, cai no grupo do Atlético Nacional, justamente o mais forte.

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São três itens que formam a pontuação do ranking da Conmebol: o desempenho histórico dos clubes, nas edições de 1960 até 2006, com pontos para quem foi campeão, vice, chegou à semifinal, além de vitórias e empates em qualquer fase desde a disputa nos grupos; a pontuação dos últimos 10 anos, com peso maior e decréscimo de 10% a cada edição anterior.

Atual campeão, o Atlético Nacional teve 10% a mais em relação ao vencedor de 2015, o River Plate, e assim por diante. Além disso, títulos nacionais conquistados entre 2007 e 2016 também foram computados, porém com peso menor. As Copas de cada país não entram na conta.

Confira o ranking da Conmebol, com os participantes da Libertadores 2017 em amarelo:

Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2016/12/pior-so-se-tivesse-fla-atletico-nacional-tem-grupo-com-mais-pontos-no-ranking.html

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