Segue a indefinição: jogo 2 da final entre Fla e Vasco ainda não tem palco

A cidade olímpica, palco dos Jogos Rio 2016, não tem um ginásio apto para receber o jogo 2 da final do Estadual de basquete entre Flamengo e Vasco. Após a vitória do Rubro-Negro no primeiro duelo da decisão por 89 a 87, nesta segunda-feira, os dois times têm novo encontro marcado para quarta-feira, 26, com mando de quadra do Vasco. O local e o horário, porém, seguem indefinidos. A primeira opção para seria o ginásio do Tijuca, mas o palco estará ocupado com a disputa da Taça de Prata, no vôlei. O ginásio de São Januário, em São Cristóvão, seria a segunda possibilidade, mas a partida entre Vasco e Avaí, pela Série B, foi antecipada de quinta para quarta-feira, no mesmo endereço da final do Estadual. O duelo no basquete, então, se torna inviável por questões de logística e segurança.

O Vasco estuda o ginásio do Botafogo, em General Severiano, e não descarta a casa do Macaé, na Região dos Lagos. Existe também a possibilidade de adiar o encontro para quinta-feira, 27. Assim, o clube ganharia a São Januário como opção. Para isso, contudo, o Flamengo teria que aceitar a mudança conforme prevê o regulamento da competição. Essa alteração poderia fazer com que o jogo 3, caso necessário, esse com o mando do Rubro-Negro e com presença de torcida única do Flamengo, fosse reagendado para sábado, 29.

O Maracanãzinho segue com o Comitê Rio 2016 até 30 de outubro. A Arena da Barra, outra instalação olímpica, é de administração privada e recebe evento na terça-feira à noite. As Arenas Cariocas 1, 2 e 3 e a Arena da Juventude, em Deodoro, também seguem com a Rio 2016. Para a realização de eventos nos locais seria necessária a liberação e todo trâmite burocrático.

– Saiu o Tijuca, foi uma surpresa. O único ginásio que tenho é o do Vasco. O meu. Tem o jogo do futebol. Para mudar a data precisa de comum acordo do Flamengo. E eles parecem que não querem. Diante disso, estou sem ginásio. Estamos tentando o do Botafogo, mas é uma situação de certidões, de autorizações, não sei se consigo. Foi um campeonato louco. Tudo que podia dar errado está dando. É triste, mas foi assim e estou querendo ver como vou fazer. Não tenho nenhuma saída em vista. Falam em Macaé, mas é a mesma coisa. É outra cidade. Não aguento mais ficar nisso. É sempre uma coisa ou outra. As exigências para um jogo de basquete são uma loucura. É muito papel, muita burocracia. Não é impossível. Vamos dar um jeito, mas no momento não tenho o que dizer – garantiu Fernando Portela, dirigente do Cruz-maltino.

+

Sem torcida, Marcelinho faz barulho, Fla bate o Vasco e sai
na frente na final

O Flamengo é firme em sua posição. Vice-presidente de esportes olímpicos do Rubro-Negro, Alexandre Póvoa garante que o time só vai jogar em um ginásio com plenas condições de receber o encontro e frisa que a partida deve permanecer na quarta-feira, sem alteração no calendário previsto.

– É estranho. No jogo contra o Botafogo (quando o Alvinegro mudou o local da partida para General Severiano) não precisou de comum acordo. A situação da federação mais uma vez… A relação do Flamengo com o Vasco no basquete é espetacular. Só lamento que o primeiro jogo, que foi espetacular, era para ser no Maracanãzinho, lotado, e foi num ginásio modesto. Lamento profundamente tudo isso. O Flamengo vai jogar onde for indicado, contanto que seja na quarta-feira, onde está marcado e um ginásio em plenas condições de se jogar. O Flamengo não vai jogar em qualquer lugar. Espero que seja num lugar do nível que Flamengo e Vasco merecem – garantiu o vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa.

A confusão na final ainda pode render problemas para o próximo ano. O Rubro-negro ameaça, caso mudanças não aconteçam, abrir mão de disputar a edição 2017 do torneio com a sua força máxima, colocando o sub-18 ou sub-20 em quadra. Alexandre Póvoa, na bronca com a indefinição sobre o local do primeiro jogo até menos de duas horas antes da partida, afirmou que há a possibilidade de deixar o Estadual de lado.

No início da noite desta segunda-feira, em mais uma instância no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, o Flamengo conseguiu uma liminar que lhe dava o direito de jogar com os portões abertos a partida de abertura da final do Estadual. Na Gávea, duas horas antes do confronto, a diretoria chegou a cogitar abandonar o ginásio Hélio Maurício e levar o jogo para o ginásio do Tijuca. Jogadores estavam no começo do aquecimento e a imprensa começava a chegar. O clube, porém, decidiu abrir mão do direito adquirido no tribunal por respeito ao torneio.

Campeão do Estadual do Rio de Janeiro nos últimos 12 anos, o Flamengo se viu prejudicado em diversas situações. Reclamou da remarcação de um jogo contra o Botafogo fora do prazo de 72 horas do regulamento e principalmente da marcação do julgamento às vésperas da final contra o Vasco. Póvoa admite que a briga entre as torcidas do Flamengo, que resultou no problema nos tribunais, é passível de análise, mas voltou a chamar de “circo” a forma como tudo foi conduzido. Garantiu que se for assim, o clube pode até abrir mão do torneio que para ele não faz diferença em seu projeto e só serviu para lesionar atletas e trazer prejuízos.

– Do jeito que está, só jogaremos se for obrigatório. E mesmo assim
colocaremos o sub-18, o sub-20. O Flamengo foi campeão do mundo, campeão
do NBB por anos seguidos, campeão das Américas. Claro que ganhar o
Estadual é bom, mas não muda nada no meu projeto. Não podemos participar
disso do jeito que está – garantiu Póvoa.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2016/10/segue-indefinicao-jogo-2-da-final-entre-fla-e-vasco-ainda-nao-tem-palco.html

Share this content: