Sem descartar Maraca, diretor do Fla reclama do alto custo: “Não é tão fácil”

O Flamengo terá uma nova alternativa para mandar seus jogos a partir do próximo ano: após ter atuado fora do Rio de Janeiro por boa parte do Campeonato Brasileiro deste ano e vivendo um impasse com a futura administração do Maracanã, o clube fez um acordo com a Portuguesa da Ilha para usar o estádio que serviu ao Botafogo este ano. Embora não descarte totalmente o Maraca, o diretor geral do clube, Fred Luz, destacou a importância de ter uma alternativa no momento em que questiona a relação custo/benefício de se jogar no Maracanã (assista ao vídeo).

– Não significa que o Flamengo não vai jogar no Maracanã, de jeito nenhum. Claro que o Flamengo tem dúvidas de qual vai ser esse modelo, sempre declarou que o Maracanã não é um equipamento que permita lucros exorbitantes. O clube não vê com bons olhos a operação na mão de um intermediário que vai querer fazer lucro às custas das receitas do Flamengo. A gente vem conversando com o governo do Estado, até hoje o Maracanã sempre foi um estádio deficitário. Quando ele colocou um intermediário administrando, que acho que não tinha tanta experiência com números do futebol, o que se mostrou foi uma operação extremamente deficitária, que o concessionário está desejando abandonar o projeto – disse.

Para o dirigente, jogar no Maraca sem fazer isso um peso no orçamento não é tarefa muito simples. O vice-presidente de patrimônio do clube, Alexandre Wrobel, avisou que o estádio segue sendo o plano A, mas Fred Luz vê a questão complicada porque, segundo ele, o Flamengo discorda do modelo de operação.

– O Maracanã é um sonho de muita gente, um ícone da cidade do Rio de Janeiro, e muitas vezes ele alimenta expectativas de se fazer receita lá que na nossa opinião não é tão fácil assim. Então, acaba que a empresa que vai desejar ter lucros vai querer construir esses lucros em cima das receitas dos clubes de futebol do Rio, e com isso o Flamengo não concorda mais. O Flamengo acha que as receitas dele, geradas pelos torcedores, são para melhorar seu time de futebol, para investir nas instalações, fortalecer o clube para ele poder ser cada vez mais competitivo no cenário do futebol brasileiro – explicou.

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Para Fred Luz, o acerto com o estádio da Portuguesa dá uma tranquilidade ao clube após um ano complicado no aspecto logística pela ausência de uma “casa” no Rio de Janeiro. Embora saiba que a Arena da Ilha não tem capacidade para receber jogos de grande público, o clube vê com bons olhos a alternativa que poderia servir pelo menos até as quartas de final da Libertadores caso o clube avance – para isso, será necessário aumentar a capacidade.

– O Flamengo penou nesse ano de 2016 por não ter uma casa fixa no Rio de Janeiro, surgiu essa oportunidade de montar essa parceria com a Portuguesa e formalizamos. O clube vai ter uma casa para muitos de seus jogos no ano de 2017, evitando o desgaste do time, e acreditamos que isso vai contribuir para o desempenho esportivo (…) Pretendemos dar uma melhorada, eventualmente aumentar a capacidade. Temos um orçamento conservador, não vou abrir números, mas nesse processo de saída do Botafogo e de transição acreditamos que tem a oportunidade de ajudar o Botafogo a ter menores custos e o Botafogo nos ajudar a ter menores custos – afirmou.

O contrato entre Flamengo e Portuguesa tem prazo de três anos, renováveis por mais três. Se os dois clubes tiverem jogos no mesmo dia, a prioridade é rubro-negra.

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Fonte: http://sportv.globo.com/site/programas/ta-na-area/noticia/2016/11/sem-descartar-maraca-diretor-do-fla-reclama-do-alto-custo-nao-e-tao-facil.html

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