Temos base. Não precisamos da base alheia

Amigos! Estamos próximos de fazer nosso primeiro amistoso da temporada. No próximo sábado jogaremos contra o Atlético Goianiense e teremos a oportunidade de matar a saudade do Mais Querido. Além disso, teremos a oportunidade de ver como o time está retornando das férias e o quanto precisaremos evoluir. Acredito que ainda veremos muito do que foi 2016, visto que os reforços não estrearão e, com isso, muito dificilmente o esquema mudará neste primeiro momento.

Porém, não venho falar de esquemas táticos ou das expectativas para a temporada. Nesta coluna, venho falar de algo que, particularmente, me incomoda muito, visto que mesmo com o início da temporada, o ritmo das especulações não diminui.

Vejo o Flamengo com um elenco forte e praticamente montado. Assim, não vejo necessidade do rubro-negro correr atrás de jogadores que não chegariam para decidir. Exemplos não faltam, Marcos Guilherme e Kenedy são os últimos nomes deste tipo de jogador que, no momento, acredito que não acrescentaria nada ao nosso elenco.

Marcos Guilherme é um jogador jovem, de 21 anos. Destaque nas categorias de base no Atlético Paranaense, fez um bom ano em 2015. Porém, em 2016 não fez um bom ano. A torcida do Furacão vibra com uma negociação de seu meia atacante assim como vibramos a cada notícia de negociação de Marcelo Cirino.

Kenedy é mais jovem ainda. Revelado como jóia do Fluminense, rapidamente foi negociado com o Chelsea em 2013. De 2013 a 2015 ele disputou 40 jogos e, em alguns deles, foi utilizado como lateral esquerdo. Na temporada passada foi emprestado para o pequeno Watford e jogou apenas 15 minutos, entrado como substituto.

Claramente esses dois jogadores não chegariam ao Flamengo para serem titulares. Chegariam para compor elenco e seriam reservas nos principais campeonatos que disputaríamos.

Daí vem o meu incômodo: Por que correr atrás e gastar com jogadores que não seriam titulares e não acrescentariam em experiência ao invés de utilizar a nossa base? Será que Lucas Paquetá, por exemplo, não daria o mesmo retorno esportivo que Marcos Guilherme? Por que apostar na base de outros times, que não tem os mesmos resultados que a nossa base, e relegar os jogadores formados em casa a empréstimos seguidos até que se acabe o contrato? A seleção Brasileira sub-20 tem os camisas 9 e 10 rubro-negros. Será que eles não compõem o elenco melhor que jogadores que não estão bem em seus próprios times?

Acredito que, neste momento, o Flamengo deve concentrar seus esforços em um grande segundo atacante, que chegue e jogue. Jogador de qualidade técnica indiscutível, elevando o patamar e fazendo o time crescer. Pra compor o elenco, que utilize a base.

Vamos Flamengo!

Marcão Beton
INSCREVA-SE: TV Coluna do Flamengo
Twitter: @marcaobeton

Fonte: http://colunadoflamengo.com/2017/01/temos-base-nao-precisamos-da-base-alheia/

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