O silêncio ensurdecedor Jorge Jesus intriga ao Flamengo. Em dias normais, o único foco às vésperas de uma final de Campeonato Carioca seria no Fluminense, adversário desta quarta-feira. Mas não são dias normais. A falta de um posicionamento do treinador sobre a sua permanência, ou não, trás apreensão aos bastidores.

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É exagero dizer que a decisão do Estadual ficou de segundo plano, mas é inegável que a festa — em caso de título — não será completa sem o “fico” do treinador. Naquela que pode ser a última dança de Jesus a frente do clube, nunca houve tanta incerteza sobre a sua permanência e desejo pela sua continuidade.

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O Flamengo confia na palavra do treinador e tem a renovação contratual assinada no mês passado a favor. Porém, passadas duas semanas desde novos contatos do Benfica, o treinador não falou com a diretoria sobre o assunto. Fica? Sai? A certeza é que nenhum martelo foi batido até o momento.

Três situações desagradaram ao treinador recentemente: a falta de definição sobre o calendário do futebol brasileiro; as declarações de Luiz Eduardo Baptista, vice-presidente de relações externas; e boatos sobre a sua vida pessoal.

Em Portugal, já se noticia o acerto com o Benfica, que promete reforços e um investimento milionário para atender aos pedidos do treinador. Há quem compare a situação com a saída de Reinaldo Rueda deste mesmo Flamengo. A multa rescisória é de 1 milhão de euros.

A verdade é que, passados os 90 minutos da decisão do Carioca, a expectativa é por um pronunciamento de Jesus. Resta saber qual será o tom: dirá ao povo que fica ou o bom filho à casa tornará?