O Fla-Flu da semifinal da Taça Guanabara, nesta quarta-feira, foi marcado por provocações entre as torcidas nas arquibancadas, como já havia sido o duelo pela fase de grupos, há duas semanas. Desta vez, porém, os tricolores substituíram os gritos de “time assassino” pelos de “paguem as famílias”.

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A primeira provocação dos torcedores do Fluminense, no clássico do dia 29 de janeiro, foi mal recebida pelo próprio clube. No dia seguinte, uma nota oficial pedia desculpas ao Flamengo e repudiava os gritos de “time assassino”. “Temos a certeza de que não só as famílias sofrem com o que ocorreu. O clube sofre, os funcionários sofrem e os dirigentes também. Seremos sempre solidários”, dizia o texto.

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O Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) também desaprovou o canto dos torcedores, e o Fluminense foi advertido pela Comissão Disciplinar do órgão. Caso seja reincidente em um período de seis meses, o clube pode ser multado e até perder pontos.

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A torcida tricolor, portanto, adotou uma crítica mais suave. Do lado rubro-negro, porém, o comportamento desrespeitoso se manifestou com gritos de caráter homofóbico.

Dentro de campo, a exibição foi das mais divertidas, em um clássico com emoção até o fim. O Flamengo dominou o primeiro tempo e chegou a abrir 3 a 0 no início da etapa final. Mas o gás dos rubro-negros, cujos titulares faziam apenas o terceiro jogo da temporada, acabou, abrindo espaço para uma reação do time de Odair Hellmann. O empate que levaria tricolores à decisão da Taça Guanabara quase aconteceu.