As chegadas de Diego e Leandro Damião, além da boa fase de Paolo Guerrero, podem explicar muito do grande momento que vive o Flamengo na temporada. Mas talvez o grande fator que esteja pesando na balança para equilibrar de vez o plantel tenha sido um esforço pouco notado do técnico Zé Ricardo: a recuperação dos jogadores contestados.

O caso mais emblemático é o de Fernandinho. Questionado desde o momento de sua contratação junto ao Grêmio, o atacante demorou a engrenar com a camisa rubro-negra. O gol e a boa atuação diante do Figueirense, pela Copa Sul-Americana, foram determinantes para mostrar sua ascensão dentro do elenco. A ponto de o próprio técnico observar isso para a imprensa:

“Fernando vem muito bem, deu passe para o gol do Mancuello contra o Atlético-PR. É um cara que trabalha muito, muito mesmo. Tem drible curto da direta e da esquerda. A gente precisa de jogadores assim. Fico feliz por ele. Ele falava disso há muito tempo (primeiro gol pelo Flamengo)”, comentou Zé Ricardo.

Outros nomes que se enquadram nesse padrão são Marcelo Cirino, Pará, Everton, Gabriel e Márcio Araújo. Todos com mais tempo de Gávea que a maioria do grupo. Mas que passaram a demonstrar um nível de atuação bem diferente do que rendiam antes. Fruto também do método do técnico:

É preciso ter um elenco com opções para disputar competições importantes. Não existe essa de time alternativo ou reserva. Todos fazem parte de uma engrenagem e escolhemos os jogadores de acordo com a necessidade da partida. A diretoria trabalhou bastante para nos dar as opções”, encerrou.