Nos últimos anos, o Flamengo tem investido cada vez mais em tecnologia e estrutura de treinos. Com o Ninho do Urubu sendo reconhecido como um CT de primeiro mundo, a inauguração dos novos campos de treino – mais próximos ao módulo profissional – mostrou que as inovações não foram apenas em equipamentos e construção.
Desde o início do ano, o elenco do Flamengo tem treinado em campos onde estão pintadas linhas tracejadas. As marcações extrapolam os limites tradicionais do campo – laterais, linhas de fundo, áreas e círculo central. E isto tem um motivo: um pedido do treinador Zé Ricardo.
Jovem e estudioso, Zé fez parte de curso de treinadores feito pela CBF em dezembro de 2016, após o Campeonato Brasileiro. Lá, teve contato com a ideia.
“Observamos nos campos de treinamento da Granja Comary algumas marcações parecidas com as que estão aqui e, através dos profissionais que lá estavam trabalhando com a Seleção sub-20, questionamos a necessidade e a razão daquelas linhas”, conta.
“Eles explicaram que, além de facilitar os jogos e treinos que fazemos em campos menores, evitando o gasto de tempo a mais para marcar com tartarugas ou fitas, são núcleos do campo onde acontecem boa parte das combinações do jogo”, diz.
Zé Ricardo afirma que, do ponto de vista tático, as marcações ajudam no treinamento.
“O professor da turma explicou que aquilo ali facilitava visualmente o acontecimento das triangulações, as ‘mini-sociedades’ que tanto estimulamos que eles façam. Ajuda na orientação espacial dos atletas. Pedimos a reprodução destas linhas à diretoria do clube, que prontamente aceitou”, explica.
O resultado foi aferido nos treinamentos do elenco.
“Com o dia a dia observamos que, realmente, facilitou a ocasião dos mini-jogos e também os treinos. Definimos os núcleos onde queremos que aconteçam as triangulações e isto facilitou também”, finaliza.
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