​– Quando a gente descobre todas essas lambanças que foram feitas é lógico que a gente lamenta de ter dado força. Eu continuo achando: era necessário essas mudanças nos estádios brasileiros. Mais conforto pros torcedores, mais tranquilidade, mais segurança… Agora, não com esse gasto absurdo que foi. Uma coisa é você querer copiar e querer um tipo de futebol, um tipo de país, um tipo de cultura, você querer modificar essa cultura do futebol. Quiseram modificar a cultura do futebol brasileiro – analisou.


Mário Andrada, chefe de comunicações da Rio 2016, defendeu a organização dos Jogos Olímpicos. Para Andrada, culpar a Olimpíada pela situação do Maracanã é falacioso, visto que a disputa verdadeira se dá entre o Estado e a concessionária do estádio – as duas partes não desejam a administração do Maraca.

– Quando a gente deixou o Maracanã no dia 4 de novembro a gente fez uma lista com os reparos que precisavam ser feitos. São R$ 420 mil, nada muito grave, pintura da parte externa, conserto uns banheiros, consertar o teto na sala de imprensa. Nenhum dos reparos que estão faltando no Maracanã impede a utilização plena do estádio. Depois que a gente saiu lá o Flamengo jogou lá, Fluminense, Vasco…– argumentou.


– Então assim. A discussão do Maracanã é que a concessionária não quer assumir o estádio. Ela tem que assumir e cuidar do estádio. Se alguma conta nossa ficou, ela pode fazer o reparo e nos cobrar. Se ela não quiser fazer o reparo nós vamos fazer, nos próximos meses, e vamos deixar esse detalhe também perfeito. A discussão em torno do Maracanã não pertence a Rio 2016. É uma discussão entre o Governo do Estado e a concessionária que quer se livrar do Marcanã o mais rápido possível – concluiu Andrada.

A série“Zico, presente e passado Maracanã” estreia nesta terça-feira, dia 7, na ESPN Brasil.