Por: Guilherme Calvano
Na última quarta-feira (11), pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, Rogério Ceni fez sua estreia no comando do Flamengo, e o time acabou perdendo por 2 a 1 para o São Paulo, no Maracanã. Apesar de sair atrás na decisão de mata-mata, o novo técnico do Rubro-Negro tem motivos para comemorar. Isso porque, a partida contra a equipe paulista marcou a volta aos gramados de quatro jogadores que estavam lesionados e que serão importantes na forte sequência de jogos do Fla.
Diego Alves, Gabigol, Arrascaeta e Pedro Rocha, recuperados, participaram do duelo contra o São Paulo. Em virtude da falta de ritmo e do condicionamento físico abaixo dos demais companheiros, nenhum dos quatro conseguiu jogar os 90 minutos. Contudo, a volta do quarteto não deixa de ser importante para Ceni, que ganha reforços para os próximos compromissos do Mais Querido. Confira a situação de cada um deles:
Diego Alves
Com lesão no ombro, o goleiro não atuava desde o dia 30 de agosto. No período em que ficou fora, o jovem Hugo Souza demonstrou muito potencial na meta rubro-negra e acabou ganhando a posição. No entanto, com a chegada de Rogério Ceni, Diego Alves voltou a condição de titular e começou jogando contra o São Paulo.
O experiente arqueiro de 35 anos não foi exigido na primeira etapa e, por conta de câimbras, teve de ser substituído por Hugo aos 10 minutos do segundo tempo, quando o jogo ainda estava 1 a 1. A tendência, contudo, é que Diego Alves esteja a disposição no próximo sábado (14), contra o Atlético-GO, e Ceni o mantenha no gol do Fla.
Gabigol
Outro que retornou ao time titular depois de longo período foi Gabigol. O camisa 9 do Flamengo não iniciava uma partida entre os 11 titulares desde o dia 30 de setembro, quando sofreu grave lesão no tornozelo diante do Independiente del Valle, pela Libertadores.
Na estreia de Ceni, Gabigol teve boa atuação. O artilheiro buscou jogo a todo momento, “brigou” com os zagueiros adversários, criou chances e, como de costume, deixou sua marca. Aos 23 minutos da etapa complementar, deixou o campo por falta de ritmo. Na entrevista coletiva após o duelo, o treinador elogiou a atuação do centroavante e explicou a opção pela substituição.
– Gabigol é um que não jogava há um tempo. Entrou no fim contra o Atlético-MG. Eu quero que ele jogue mais, mas ele já estava cansando, sem conseguir fazer a recomposição. É um jogador importante, fazedor de gols, tem a finalização boa, mas o jogo não é só isso. Quando cansa, é preciso fazer a troca.
Arrascaeta
Diferentemente de Gabigol, o meia uruguaio não tinha condições físicas para começar como titular e teria que jogar por menos tempo. O camisa 14, que se lesionou quando estava com a seleção de seu país, não atuava desde o dia 4 de outubro com o Manto Sagrado. Nas últimas semanas ainda vinha sofrendo com dores no joelho.
Na primeira etapa, Arrascaeta viu o jogo do banco de reservas e já recebia instruções de Rogério Ceni. No segundo tempo, entrou no lugar de Michael e atuou como um meia de ligação, na faixa central de campo. Sobre tal posicionamento do uruguaio, o técnico usou a falta de condicionamento como justificativa para a não utilização do jogador pelos lados.
– Quando coloquei o Arrascaeta, também não tinha a noção de quanto tempo ele aguentaria. Perguntei a ele, que disse 45 minutos. Coloquei ele pelo meio pois é uma posição um pouco mais cômoda. Aquela função pelo lado vai demorar um pouco para ele fazer. Tem muito jogo ainda pela frente.