A obrigatoriedade de vitória do Flamengo sobre o São Paulo ganha obstáculos ainda maiores do que a qualidade do adversário. A semana rubro-negra começa com perspectivas negativas em termos físicos e um cenário irreversível de desfalques que só se agravou após o empate em 1 a 1 com o Atlético-GO, pelo Brasileirão.
O técnico Rogério Ceni, que ainda não venceu depois de dois jogos substituindo Domènec Torrent, depara-se com problemas em todos os setores. O quadro é ampliado pelo conflito de calendário com a data Fifa, em uma temporada que já se desenhava problemática diante da pandemia.
ANÁLISE: No tropeço do Flamengo, a diferença que fazem 15 minutos de Arrascaeta
– Sabemos os problemas que a gente tem em número de atletas, devido a convocações, lesões. Temos uma quantidade enorme de jogadores com problemas. Temos que tentar achar a melhor solução – disse Ceni, cujo time precisa virar na Copa do Brasil após ter perdido para o São Paulo por 2 a 1.
Ataque cansado
Bruno Henrique está esgotado fisicamente. Ceni citou o cansaço do atante que, por ora, é o único titular confirmado para o jogo contra o São Paulo. Gabigol será reavaliado neste domingo, após deixar o jogo contra o Atlético-GO com dores na coxa esquerda.
Quase ao mesmo tempo, a CBF preparava o corte de Pedro da convocação para o jogo da seleção brasileira contra o Uruguai, pelas Eliminatórias. “É uma lesão pequena, mas não existe condições do atleta jogar na terça-feira”, foram as palavras do médico da seleção, Rodrigo Lasmar. Com isso, o cenário para quarta-feira é complicado.
O destino de Pedro só não está sacramentado porque os médicos do Fla ainda farão novas avaliações no jogador até quarta.
Meio-campo desarticulado
Rogério Ceni se vê sem a possibilidade de usar Everton Ribeiro e Arrascaeta da maneira como entende ser melhor. O uruguaio ainda não está 100% fisicamente. Depois das dores no joelho, o problema mais recente, que o tirou do treino de sábado, foi no tornozelo. Apesar disso, ele entrou aos 29 minutos do segundo tempo no empate com o Atlético-GO.
De qualquer forma, Rogério o lançou mais centralizado, como um segundo volante, por enxergar que Arrascaeta não está em condições de atuar aberto pela ponta esquerda, puxando as jogadas para o centro e armando o time.
O cenário com Everton Ribeiro, olhando para o duelo contra o São Paulo, é similar, já que o meia deve ser titular da seleção na véspera.
– Pelo que jogou no primeiro jogo (contra a Venezuela), foi muito bem, acredito que possivelmente deve jogar. Também é um jogador que a gente não conta – explicou Rogério.
O meio-campo ainda se vê sem Diego Ribas, com lesão muscular na coxa. Thiago Maia, ao mesmo tempo, teve um entorse no joelho esquerdo e, assim como Gabigol, será avaliado neste domingo.
Linha defensiva sem referência
O sistema, por si só, já estava com problemas. O Flamengo tem tomado muitos gols na temporada. Para enfrentar o São Paulo e facilitar a busca pela virada no confronto, seria importante contar com os melhores, mas Rodrigo Caio é ausência confirmada. O edema ósseo persiste, e Rogério lamentou o problema com aquele que classifica como “referência” da zaga.
Nas laterais, mais desfalques, o que influencia na qualidade da saída de bola do time. Isla, com a seleção, e Filipe Luís, machucado, estão fora dos planos.
– Isla, pela distância onde vai jogar, dificilmente chega em condições e normalmente joga o tempo todo (no Chile) – comentou Rogério Ceni.
No gol, a expectativa do treinador é contar com o mais experiente, Diego Alves. Ele não atuou contra o Atlético-GO porque ainda havia resquícios da cãibra que o tirou no segundo tempo do jogo contra o São Paulo. Ceni já avisou que a ideia é ter Diego Alves como titular.