No último domingo (07), o Flamengo empatou em 1 a 1 com o Red Bull Bragantino, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Rubro-Negro desperdiçou mais uma vez a chance de assumir a liderança da competição. Com 64 pontos, o Fla se mantém na segunda colocação e fica de olho no confronto entre Internacional e Sport, na quarta (10), visto que o clube gaúcho pode abrir quatro pontos de vantagem.
De acordo com Renato Maurício Prado, Rogério Ceni é o principal responsável pelo ‘tropeço’ contra o Bragantino. Isso porque, segundo o jornalista, o treinador demorou a entender as mudanças do jogo após o gol de empate e a estratégia em campo não foi eficaz. Em sua coluna no UOL, Renato aponta Ceni como ‘indefensável’.
– Imaginemos que você seja o técnico de um time de futebol que precisa vencer a qualquer custo e, aos 17 minutos do segundo tempo, sofre o gol de empate. Detalhe: em campo, você tem um atacante que não está jogando bulhufas (faz tempo!) e no banco de reservas conta com um dos principais artilheiros do futebol brasileiro. O que você faz? Bem, Rogério Ceni não fez nada – antes de concluir:
– As decisões de Ceni (e a demora delas) são indefensáveis. O Flamengo jogava bem até levar o gol de empate, numa bobeada homérica do lateral-direito Isla. Mas vencia por apenas 1 a 0, gol de pênalti de Gabigol, e se o lado esquerdo de seu ataque, com Filipe Luís, Arrascaeta, Gerson e Bruno Henrique, mostrava-se eficiente na marcação por pressão e criava boas jogadas ofensivas; o lado direito era uma nulidade, fruto da fase terrível de Éverton Ribeiro e das conhecidas limitações de Isla – concluiu
Antes de finalizar, Renato Maurício Prado relembrou uma recente declaração do treinador rubro-negro. De acordo com Ceni, é preciso levar em conta as chances criadas pelo time, não só os gols perdidos. Contra o Bragantino, o Fla chutou 15 vezes, sendo sete na direção do gol e somente uma bola na rede. Para o jornalista, o técnico deveria ‘ousar’ nas substituições.
– Os atacantes rubro-negros perdem muitos gols? Sim. E perderam, novamente nessa noite em Bragança. Mas Rogério Ceni parece nem se preocupar com o fato, pois já disse em entrevistas anteriores, que não leva em conta os gols perdidos e sim as chances criadas. Vai entender… Num time que precisava de quatro vitórias consecutivas para garantir o título brasileiro, sem depender de outros resultados, não é admissível que seu treinador seja tão apático para promover as modificações necessárias e tão pouco criativo e ousado ao fazê-las – são sempre as mesmas – finalizou.