Após completar dois anos da maior tragédia da história do Flamengo, Benedito Ferreira, segurança presente no dia do incêndio no Ninho do Urubu, revelou em entrevista ao Globo Esporte que os extintores não estavam funcionando quando foram acionados no momento do acontecimento.
– Tinham extintores que não estavam funcionando. No início eu usei um extintor de pó químico. Um garoto que tava do meu lado tentou utilizar e não funcionou. Ele tentou me passar e também não funcionou, tentei um terceiro extintor e também não funcionou.
Em nota divulgada, o Flamengo mencionou que a visão de Benedito Ferreira não encontra amparo nos fatos, na lei e no inquérito criminal. De acordo com o clube da Gávea, a investigação confirmou que todos os extintores estavam dentro do prazo de validade, revisados e carregados.
VEJA A NOTA OFICIAL DO FLAMENGO:
“O Flamengo esclarece que prestou toda assistência ao funcionário Benedito Ferreira, havendo suportado o funcionário, comprovadamente, em diversas situações, bem como o indenizado, espontaneamente, por ter sido o único funcionário a apresentar sintomas de transtorno pós-traumático.
Os pontos levantados por ele na entrevista narram uma visão pessoal dele, que não encontra amparo nos fatos, na lei e muito menos no inquérito criminal.
Desde o acidente até o momento atual o clube disponibiliza para o funcionário tratamento psicológico e psiquiátrico, assim como lhe reembolsa o custo com as medicações.
Benedito pediu para ser transferido para a Gávea, pois não gostaria de retornar ao CT e foi prontamente atendido.
Não houve perda de receita ordinária (salário). A eventual perda decorreu da pandemia, como aconteceu com vários trabalhadores, haja vista que, com a proibição de público nos estádios, o extra que era obtido com presença no quadro móvel dos jogos do Maracanã deixou de existir para a grande maioria das pessoas que trabalhavam nesses eventos. Além disso, outros eventos presenciais foram radicalmente reduzidos, razão pela qual o valor da remuneração de todos os empregados que obtinham extras nesse tipo de evento também foi reduzida ou perdida.
Nenhum funcionário do Flamengo foi impedido de circular pelo clube e tampouco proibido de falar com ninguém, muito menos com a imprensa.
Além disso, prova constante do inquérito criminal demonstra que todos os extintores estavam no prazo de validade, devidamente revisados e carregados.
Esse assunto encontra-se entregue ao Poder Judiciário e o Clube nada tem a esconder sobre ele. Ao contrário disso, sempre se colocou à disposição das autoridades.”