Após longa novela, o Flamengo resolveu não trazer Rafinha de volta. No último sábado (20), em nota emitida, o clube anunciou a desistência no negócio, alegando questões financeiras. Nesta segunda-feira (22), em entrevista ao programa “Seleção SporTV”, o jogador, visivelmente chateado pelo fato de não ter fechado com o Rubro-Negro, falou um pouco sobre a liderança que exercia no elenco flamenguista em 2019, ano mágico para o Mais Querido.
Além disso, Rafinha rasgou o verbo e criticou parte da diretoria do clube. O lateral afirmou que, por conta dessa liderança e moral que tinha com os jogadores, caso retornasse ao Mengo, o departamento de futebol do Fla “ficaria muito forte” e incomodaria outras alas da cúpula rubro-negra.
– Todo mundo sabe o que eu fazia dentro do clube, dentro do Ninho. Essas coisas chegam através das pessoas. Nunca fui capitão e nunca fiz questão disso, pois o Flamengo é bem representado. Mas eu fazia essa liderança. De forma nenhuma a gente quer atrapalhar. Eu procuro sempre ajudar quem precisa. Naquele momento, tinha gente em 2019 que passava por isso, sabe? O Flamengo não ganhava a Libertadores há 38 anos e apareceram problemas. Nós tínhamos que pensar no Flamengo, pois era bom para o Flamengo.
– Mas eu sei que minha liderança, que é forte no Flamengo, pesou nisso tudo. Eu voltando para o Flamengo, o departamento de futebol ficaria muito forte e acho que não deixaram essa força voltar. Quem perde é o Flamengo, é o futebol. Todo mundo ali está lutando pelo Flamengo. Esse momento agora tem mágoa de trás, acho que pela minha saída.
Pelo Flamengo, o defensor fez história. Ao todo, Rafinha disputou 46 jogos e distribuiu seis assistências com o Manto Sagrado. O camisa 13 foi peça fundamental nas conquistas recentes do Mais Querido. Em 2019, com o Mengo, faturou o Brasileirão e a Copa Libertadores. Já no início de 2020, o camisa 13 levantou mais três canecos: o Campeonato Estadual, a Recopa Sul-Americana e a Supercopa do Brasil.