Nem Juventude e nem Flamengo. O protagonista do duelo entre as equipes, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, foi o gramado encharcado devido ao excesso de chuva nos últimos dias em Caxias do Sul. A ineficiência na drenagem e a liberação da partida foi tema da análise de Rodrigo Mattos para o UOL Esporte.
– O jogo entre Flamengo e Juventude foi realizado literalmente no pântano: faltaram jacarés no gramado porque não são naturais de Caxias do Sul. O campo claramente não tinha condições de receber uma partida de futebol por uma soma de chuva forte anterior e gramado ineficiente para drenar o loca. A CBF autorizou o campo e o jogo em uma demonstração do seu descaso com o Brasileiro –, pontuou.
– Uma análise sobre a partida seria uma inutilidade porque futebol não houve. Parou uma bola na poça e o Juventude meteu um gol com Matheus Peixoto. E, de resto, pararam outras bolas em poças durante mais de 90 minutos no jogo do Brasileiro de horário exportação. Qualquer árbitro com um mínimo de bom senso teria informado que não havia condições e adiado a partida. O árbitro Thiago Scarascati fingiu que não viu.
O jornalista ainda rebate algumas alegações feitas por parte de torcedores, como aquela em que “o campo é ruim para os dois lados”. O especialista corrobora com a opinião e diz que a partida foi ”impraticável para todos que estavam vendo”. O tom mais forte, contudo, é direcionado ao descaso da CBF com seu principal torneio nacional.
– A CBF desfalca os times do Brasileiro por 18 rodadas, espreme o Brasileiro em sete meses, empilha jogos de qualquer maneira pela semana para liberar horários para sua seleção, proporciona uma arbitragem bizarra e campos horrendos. É uma entidade que boicota cotidianamente a Série A quase como um método.