Kenedy deixou o Fluminense para tentar o sonho de menino na Europa, mas volta sete anos depois para reforçar o rival Flamengo. Aos 25 anos, o atacante está prestes a assinar um contrato de empréstimo após liberação do Chelsea, da Inglaterra, para onde foi vendido por 10 milhões de dólares em 2015, e onde atuou menos do que gostaria.
Chegou a jogar até improvisado na lateral, antes de ser emprestado primeiro a clubes da Inglaterra – Watford e Newcastle – e mais recentemente da Espanha – Getafe e Granada. O jogador passou as últimas férias no Brasil, tratou uma lesão muscular no Flamengo, e iniciou o namoro para uma negociação no meio da temporada.
Mesmo tendo se apresentado ao Chelsea novamente, não teve propostas, e foi negociado por R$ 3 milhões, pago por uma cessão de um ano, com opção de compra de 10 milhões de euros. A aposta do Flamengo por um jogador nem tão em baixa assim se justifica.
Após a ida para o Chelsea, com quem tem contrato até o fim de 2024, o atacante não conseguiu se destacar nas demais equipes inglesas nos dois primeiros anos. Foi na Espanha que Kenedy melhorou sua reputação.
Pelo Getafe, ajudou a equipe a se manter primeira divisão na temporada 2019/20, com sete partidas como titular em 27 das quais entrou. Foram apenas três gols.
Já no Granada o desempenho foi melhor. Além de jogar 44 partidas, 32 como titular, foi peça-chave na campanha histórica que levou o clube às quartas de finais da Uefa Europa League. Foram oito gols marcados dessa vez.
Homem de confiança do treinador Diego Martinéz, o brasileiro assumiu a posição de titular na meia direita, posição que pode ser a sua no Flamengo. Apesar da preferência pelo setor, que tem hoje Éverton Ribeiro, Kenedy pode ser utilizado ainda aberto pela esquerda, no lugar de Bruno Henrique. Ou ao lado dele. Foi ali que Kenedy surgiu no Fluminense.