Apontar os culpados óbvios da crise do Flamengo, que faz de 2023 um dos anos mais trágicos da sua história, é tentador.
Cartolas ineptos. Treinadores mal escolhidos e com trabalhos medíocres. Um elenco sem a mesma vontade de antes.
Mas o caos flamenguista, que vai muito além dos resultados em campo, é algo muito mais complexo.
Quando o clube mais rico da América do Sul vira um ringue com trocas de socos dentro do vestiário, no centro de treinamento e até em um shopping, algo está muito errado.
A crise flamenguista não pode ter apenas os culpados de sempre.
Vítor Pereira, Jorge Sampaoli e seu preparador físico valentão, Rodolfo Landim, Marcos Braz, Gabigol e etc têm uma parcela considerável de culpa.
Mas não são os únicos.
O comportamento violento e mafioso de uma minoria, mas barulhenta, parte da torcida rubro-negra é combustível para a crise.
Como o clube mais popular do Brasil, e hoje o mais invejado, o Flamengo causa uma comoção na mídia tradicional e nas centenas de influenciadores nas redes sociais que vivem do clube muito acima do razoável.
É urgente jogar água na fogueira da crise rubro-negra. E isso é papel de mais gente além de cartolas, treinador e jogadores.