O Flamengo expressou sua preocupação e solicitou um maior protagonismo nas discussões acerca do fair play financeiro, um tema que foi reintroduzido nas pautas após a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) instituir oficialmente um grupo de trabalho para estruturar o projeto no futebol nacional.
Entretanto, apesar de apoiar a iniciativa, o clube carioca manifestou desconforto em razão da CBF não ter incluído a Comissão Nacional de Clubes, da qual o Flamengo é parte, no processo inicial.
— A gente vê esse assunto com muita seriedade e até com uma certa ansiedade. Temos casos pendentes, como o do Estrela Amadora (POR), Leixões (POR), e questões relacionadas ao Internacional. O CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas) é moroso, até mais que a FIFA em alguns temas. O Flamengo é muito sensível a isso —, declarou BAP, presidente do Flamengo.
Dessa forma, o Flamengo acredita que o debate deve ser centralizado na Comissão Nacional de Clubes. Por isso, os principais times do país formaram recentemente uma comissão para tratar de pautas estruturais de maneira ativa e colaborativa.
A diretoria do Flamengo ainda ressaltou que, embora não tenha tido tempo para abordar o tema diretamente com a entidade, planeja formalizar essa reivindicação em breve. Assim, com uma forte presença nos bastidores e experiência em disputas administrativas e jurídicas recentes, o Mengão busca garantir que o fair play financeiro seja desenvolvido de maneira coletiva, equilibrada e representativa.
— Outros clubes também sentem isso. A gente vê com bons olhos o projeto, mas o canal certo precisa ser respeitado. A gente só acha que esse assunto devia estar dentro do grupo da Comissão Nacional de Clubes, que já discute isso na CBF. Acabamos de constituí-la há pouco mais de um mês. Vamos discutir isso separadamente? Talvez tenha sido só um descompasso da nova gestão, que ainda não sabia o que havia sido combinado antes —, completou o presidente do Flamengo.
O presidente da CBF, Samir Xaud, oficializou nesta semana a criação do grupo de trabalho que tem como objetivo desenvolver as diretrizes do fair play financeiro. A proposta visa alinhar o futebol brasileiro aos padrões administrativos já adotados em ligas europeias. Assim, clubes e federações têm até a próxima sexta-feira (13) para manifestar interesse em participar das discussões.
Publicado em colunadofla.com