Filipe Luís ressaltou a complexidade do futebol brasileiro após a vitória do Flamengo sobre o Internacional
O Flamengo conquistou uma vitória sobre o Internacional por 1 a 0 na última quarta-feira (13), no Maracanã, durante o jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. Apesar da vantagem no placar, uma parte da torcida expressou descontentamento em relação à performance da equipe, que apresentou um primeiro tempo dominante, mas sofreu uma queda no rendimento na etapa complementar.
Após a partida, Filipe Luís minimizou as críticas e destacou a complexidade do futebol brasileiro. _’O Campeonato Brasileiro é o campeonato mais competitivo do mundo. O problema é a expectativa que se gera em função do adversário que pisa no Maracanã, todo mundo acha que vai ser goleada. E não é fácil. Vimos o Santos vencer o Cruzeiro, o próprio Mirassol empatou com o Palmeiras fora, o Ceará… Não tem jogo fácil no Brasil.’_
Ele continuou: _’Agora, querer ganhar e golear todos os jogos no Brasil é algo irreal. Claro que existem super-equipes no mundo que conseguem fazer um campeonato extraordinário, mas o Brasileiro tem muitos fatores externos que fazem as equipes oscilarem: viagens, lesões e os adversários, principalmente. Valorizo cada vitória e espero que o torcedor também.’_
Filipe Luís afirmou que a variação de desempenho entre os dois tempos é algo natural, influenciado por diversos fatores que vão além do controle da própria equipe. O treinador também esclareceu que, após um primeiro tempo quase sem erros, as mudanças táticas do adversário durante o intervalo tornam o jogo mais imprevisível, exigindo respostas rápidas dos atletas em campo.
_’Difícil diagnosticar (a falta de equilíbrio entre os tempos). São vários fatores. É muito difícil para um treinador quando você faz um primeiro tempo quase perfeito, com poucos erros e poucos ajustes a fazer em cima do que aconteceu – e sabendo que o outro treinador vai mudar. Só que eu não sei o que ele vai fazer, qual sistema, trocas, o que vai acontecer.’_
_’Então, não tenho que falar o que vai acontecer para os jogadores, e eles mesmos precisam resolver dentro do campo. E leva tempo. Mas uma das coisas é isso. O técnico adversário muda no segundo e, até encontrar o equilíbrio, passam minutos. E no fim das contas, o placar a favor faz com que o time se feche um pouco.’_
Apesar da diminuição da intensidade na segunda etapa, o Flamengo finalizou a partida com estatísticas superiores às do Internacional. De acordo com o site, o time rubro-negro teve 66% de posse de bola em comparação aos 34% do adversário, além de realizar dez finalizações ao longo do jogo, o dobro das cinco tentativas da equipe gaúcha.
Publicado em colunadofla.com