O episódio do Flamengo na Libra ganhou novo capítulo depois da liminar que suspendeu o repasse de R$ 77 milhões referente ao pay-per-view do Brasileirão. A decisão judicial, obtida no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, provocou reações duras de Palmeiras, São Paulo, Santos, Atlético-MG e Red Bull Bragantino, que criticaram a iniciativa rubro-negra e apontaram prejuízos ao grupo.
Reações dos clubes
Palmeiras classificou a estratégia como predatória; o São Paulo acusou a atual gestão do Flamengo de “ignorar a responsabilidade sobre contratos herdados” e de prejudicar financeiramente o futebol brasileiro. O Santos falou em “atitudes individualistas”, enquanto o Red Bull Bragantino ressaltou que “mudar a regra no meio do caminho desrespeita todos os esforços feitos”. O Atlético-MG adotou tom semelhante ao do Palmeiras, reforçando o desgaste institucional promovido pela disputa.
Com a judicialização, a divisão das receitas do bloco Libra fica em suspense: até 28/09/2025 os R$ 77 milhões permanecem bloqueados, mantendo a incerteza sobre pagamentos esperados por vários clubes e pressionando por uma solução — judicial ou negociada — no curto prazo.
Resposta do Flamengo e próximos passos
Em nota divulgada na sexta-feira (26), o Flamengo alegou que seu direito de veto não foi respeitado e considerou “ilegal” a imposição do critério de divisão pela Libra. O clube disse ter tentado uma solução amigável antes de recorrer à Justiça e pediu que sua representatividade seja considerada conforme estatuto e lei.
A Libra, por sua vez, repudiou a decisão do Flamengo e afirmou que a medida “desgasta a harmonia do grupo”, lembrando que o modelo de partilha foi aprovado democraticamente. A torcida rubro-negra agora acompanha os desdobramentos jurídicos e eventuais negociações internas que podem redefinir a distribuição das receitas.