Flamengo e Libra: liminar de R$77 mi, divisão 40/30/30 e a ameaça de boicote entre clubes

Flamengo e Libra voltaram a ocupar o centro das discussões do futebol brasileiro. Na manhã desta terça-feira, 30/09/2025, a disputa avançou entre decisões judiciais, reclamações sobre critérios de audiência e desgaste público provocado por comentários na mídia — um cenário que preocupa a Nação pelo impacto financeiro e esportivo.

Por que a disputa escalou

O conflito se acirrou após a liminar que determinou o bloqueio de cerca de R$ 77 milhões destinados à distribuição do bloco Libra. O ponto de ruptura é técnico: a mudança no critério de divisão (conhecida como 40/30/30) passou a ser questionada pelo Flamengo, que aceita o percentual, mas contesta a fórmula usada para calcular a parcela por audiência.

Segundo o clube, o Flamengo responde por 47% da audiência do agrupamento, mas ficaria com apenas 20,41% na nova aplicação do critério — razão apontada para a ação judicial. A alteração aprovada em 2025 exigia unanimidade e não teve o apoio do Flamengo e do Volta Redonda, aspecto determinante no atual impasse.

Reação na mídia e risco de isolamento

O debate ganhou dimensão pública com ataques e provocações que inflamaram ainda mais a situação. Um comentarista trouxe tom agressivo e sugeriu que o Flamengo “jogue sozinho”, chegando a propor ironias que não ajudam a reduzir a tensão entre as partes. Outro relato aponta para ensaios de um movimento conjunto entre clubes da Libra e da LFU para pressionar o Rubro-Negro.

Palmeiras, São Paulo, Atlético-MG e Santos já se manifestaram nos últimos dias, e a articulação entre equipes tem sido tratada como uma reação à ação judicial do Flamengo. Ainda assim, não há unanimidade: algumas diretorias demonstram receio de rupturas que podem prejudicar receitas e acordos futuros.

Bastidores, negociações e cenários futuros

Nos bastidores, o Flamengo busca ampliar apoios e explora a possibilidade de negociar direitos de transmissão em conjunto com outros clubes, como o Corinthians, para o próximo ciclo. A estratégia, porém, enfrenta obstáculos políticos e a resistência natural de quem vê o caso como uma disputa de poder dentro do mercado de mídia esportiva.

O desfecho deverá passar por decisões jurídicas, negociações técnicas sobre critérios de audiência e pressão política entre diretorias. Para a torcida, a prioridade é prática: garantir que o calendário, a visibilidade e as receitas do clube não sejam mais prejudicados por um embate que mistura direito, economia e vaidades.

Enquanto isso, o Flamengo mantém a defesa de que busca reconhecimento pelo papel que exerce como principal gerador de audiência e receita no grupo. A Nação acompanha atenta: qualquer alteração nas receitas de transmissão pode ter reflexo direto no planejamento esportivo do clube nos próximos anos.