Flamengo x Cruzeiro terminou em 0 a 0 no Maracanã pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, em partida marcada por intensidade, chances desperdiçadas e cobranças após o apito final. O resultado mantém o Rubro-Negro na liderança, mas deixou técnicos, jogadores e torcida exigindo mais precisão no último terço.
Como foi a partida
O duelo foi de alta intensidade desde o início. O Flamengo teve maior posse de bola (62%) e terminou com 15 finalizações contra 11 do Cruzeiro, dado que mostra o domínio estatístico do Rubro-Negro, mas que não se converteu em gols. As chances criadas não tiveram a eficácia necessária para destravar o placar no Maracanã.
Além disso, o jogo foi bastante fragmentado: foram registradas 35 faltas ao todo — 16 do Flamengo e 19 do Cruzeiro — e um cartão vermelho aplicado a William, do time mineiro. As constantes interrupções dificultaram a cadência das jogadas e penalizaram sobretudo o ritmo ofensivo das equipes.
Mesmo com o empate, o resultado mantém o Flamengo com 55 pontos na tabela, três a mais que o Palmeiras e quatro à frente do Cruzeiro, o que reforça a importância de transformar controle de jogo em eficiência para seguir na ponta até as rodadas finais.
Léo Ortiz: intensidade e críticas à arbitragem
Na zona mista, o zagueiro Léo Ortiz foi direto ao rebater a versão de que o empate estaria ligado à queda de intensidade por conta da sequência de jogos. Ortiz afirmou que a melhor fase do Flamengo foi justamente no segundo tempo, quando o time teve maior volume com a bola e criou as oportunidades mais claras.
O zagueiro também não poupou críticas à condução da partida. Ortiz destacou o incômodo com a mudança de critério entre árbitros e cobrou uma padronização que permita às equipes trabalhar com parâmetros mais previsíveis. Segundo o defensor, quando as reclamações vêm de ambos os lados, fica claro que o problema é a forma de apitar, não apenas atitudes isoladas.
Além do apelo por uniformidade, Ortiz observou que o excesso de paralisações acabou alterando o estilo do jogo, comprometendo trocas de passes mais cadenciadas e tirando o ímpeto das ações ofensivas que poderiam resultar em gol.
O que Jorginho avaliou
O volante Jorginho foi enfático ao apontar que a questão principal não foi física: “Não acho que seja questão física, porque a equipe manteve intensidade o jogo todo. É mais sobre decisão.” Ele ressaltou que o time precisa finalizar melhor quando supera a primeira linha defensiva e não perder a bola em momentos que abrem o campo, evitando contra-ataques perigosos.
“Faltou o gol. Criamos chances, mas não concluímos”, resumiu Jorginho, ao reforçar que o trabalho nos treinos deve priorizar decisões na hora da finalização e cruzamentos mais eficientes. A leitura do camisa 21 reforça a necessidade de maior objetividade no último terço, principal ajuste para as próximas partidas.
Impacto na tabela e próximos passos
Com o empate, o Flamengo segue líder do Brasileirão com 55 pontos e agora volta a campo no domingo (5) contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, pela 27ª rodada, às 18h30 (horário de Brasília). A comissão técnica já aponta foco em correções pontuais: definição nas finalizações e reduzir a exposição em transições defensivas.
O desempenho no Maracanã evidenciou que domínio e posse não bastam — é preciso transformar as oportunidades em gols para evitar sustos nos jogos decisivos. A cobrança pública de jogadores como Léo Ortiz e a autocrítica de atletas como Jorginho mostram que o elenco busca ajustes práticos para manter a regularidade até o fim do campeonato.
Na sequência da temporada, a consistência e a precisão nas decisões dentro da área serão determinantes para o Flamengo sustentar a liderança e chegar ao fim da competição com força total. Flamengo RJ acompanha e trará as atualizações sobre formação, foco tático e declarações após os próximos treinos.