Bap e Leila: nova rodada de farpas sobre a Libra reacende tensão e expõe debate sobre transparência no futebol

Na quarta-feira, 08/10/2025, às 11:13, o Flamengo voltou ao centro do debate público após novo embate entre o presidente Luiz Eduardo Baptista (Bap) e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. A troca de provocações reacende a disputa em torno da Libra e do bloqueio judicial de R$ 77 milhões, com o Rubro-Negro cobrando mais transparência em operações que podem alterar o cenário financeiro do futebol brasileiro.

O embate no Conselho Deliberativo

Em reunião do Conselho Deliberativo, Bap acusou a existência de uma “agenda muito clara” e apontou operações como o empréstimo da Crefisa ao Vasco como exemplo de movimentações que exigem fiscalização. O presidente rubro-negro ressaltou que transações que envolvem repasse de ações de SAF demandam atenção, especialmente no contexto do Fair Play Financeiro.

Ao traçar paralelos com casos recentes do mercado, Bap alertou que dívidas convertidas em participação acionária podem alterar o equilíbrio competitivo e reclamou que empresas que atuam no futebol precisam demonstrar não só integridade, mas também transparência suficiente para evitar suspeitas.

Resposta de Leila Pereira

Na manhã desta quarta, Leila Pereira respondeu às críticas afirmando que sua agenda é a defesa do Palmeiras e negando que tente “asfixiar” rivais. A dirigente destacou que honra contratos, inclusive os de gestões anteriores, e rebateu insinuações sobre eventual compra do Vasco pela Crefisa, em tom irônico.

Leila descartou de forma categórica a aquisição do clube carioca e ainda ironizou menções sobre a compra de empresas de mídia, reacendendo a tensão verbal entre as gestões e mantendo o confronto público sobre a condução dos negócios no futebol.

O bloqueio de R$ 77 milhões e a posição do Flamengo

O ponto de maior atrito segue sendo a liminar que reteve R$ 77 milhões que seriam repassados a clubes integrantes da Libra. O Flamengo justifica a medida alegando prejuízos decorrentes do acordo firmado na gestão anterior, questionando métodos e cumprimento do pacto, sem negar que os contratos foram assinados por administrações passadas.

Apesar do tom duro, Bap afirmou que o clube não pretende abandonar o bloco, mas já estuda modelos alternativos de venda de direitos diretamente ao torcedor, buscando alinhamento com tendências globais e maior autonomia comercial para o clube carioca.

Impacto e próximos passos

A escalada de declarações entre as partes mantém a pressão fora de campo e pode influenciar negociações futuras, decisões judiciais e a formação de consensos sobre receitas do futebol brasileiro. Torcedores do Flamengo e analistas devem acompanhar desdobramentos legais e eventuais propostas de regulamentação mais rígida de operações entre clubes e investidores.

O Flamengo RJ seguirá cobrindo a disputa com foco nas consequências esportivas e administrativas para o Rubro-Negro e para a Nação, monitorando manifestações oficiais, decisões judiciais e possíveis mudanças na comercialização de direitos que afetem o calendário e as finanças do clube.