Bap assume postura conciliadora sobre a arbitragem e aponta caminhos para melhorar o sistema

Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, mudou o tom ao tratar da arbitragem e defendeu que a solução passa por treinamento, padronização de critérios e melhor coordenação entre VAR e árbitros. A fala, durante o III Fórum Empreendedor do Rio, marca uma guinada em relação às críticas mais duras das últimas semanas e traz propostas práticas para reduzir erros que afetam o time.

Por que Bap mudou o tom

O presidente explicou que a percepção sobre a arbitragem precisa ser técnica e contextualizada: um mesmo árbitro pode atuar de formas distintas conforme o andamento da partida. Para Bap, é preciso analisar variações de postura dentro dos jogos antes de partir para reações emocionais.

“Entendo que o maior desafio hoje em termos de arbitragem é a parte de critérios. Um árbitro tem três ou quatro versões dependendo da partida. Vou dar um exemplo: o árbitro começa e deixar correr, aí o pau começa a comer. Depois de um determinado tempo, ele que estava sendo tolerante, começa a não ser mais tolerante, para controlar o jogo. Aí você compara ele com outro jogo, onde o clima estava melhor e ele foi tolerante o tempo inteiro”

Bap também defende que punições pontuais existam, mas que a prioridade deve ser formação e acompanhamento contínuo dos árbitros, para evitar repetir erros que “atropelam a discussão” sem gerar mudanças reais.

Impacto no ritmo do Flamengo

Levantamentos do clube, até 10/10/2025, mostram que o tempo de bola rolando do Flamengo ficou abaixo dos 60 minutos recomendados em várias partidas do Brasileirão 2025, com interrupções que prejudicaram o ritmo. Bap citou partidas apitadas por Ramon Abatti Abel como exemplos de jogos com tempo de jogo reduzido.

Para o dirigente, o caminho passa por unificação de critérios, treinamentos mais intensos e melhor integração entre VAR e juiz de campo, medidas que podem minimizar equívocos e devolver fluidez às partidas do Flamengo.