O presidente do Sport, Yuri Romão, afirmou publicamente que a Ilha do Retiro “não comporta mais” partidas de grande porte, citando Corinthians, Santos e Flamengo como exemplos. A declaração reacendeu o debate sobre a segurança e a capacidade do estádio histórico, levando o clube a transferir o jogo contra o Flamengo para a Arena Pernambuco.
— A Ilha do Retiro não comporta mais jogos do tamanho do Corinthians, do Santos e do Flamengo. Não comporta. Qualquer dirigente que sentar nesta cadeira, que botar o seu “CPFzinho” poderá, no dia seguinte ao jogo, sair daqui algemado. Porque pode haver uma desgraça aqui dentro. Ele (o presidente) é o responsável. Por uma questão estrutural da Ilha — disse Yuri, em entrevista à Rádio Jornal, de Pernambuco.
Sport e Flamengo acertaram a realização da partida na Arena Pernambuco após o clube pernambucano vender o mando de campo por R$ 3 milhões. O duelo, adiado da 12ª rodada do Brasileirão, ficou marcado para 15 de novembro. A expectativa é de arquibancadas com torcida majoritariamente neutra, com cerca de 30% de presença rubro-negra.
Yuri também lembrou a idade do estádio ao justificar a mudança: — A Ilha tem 88 anos. A gente já não consegue fazer botar a capacidade toda. Isso está claro. A gente teve problema com o Corinthians. Quase que teve problema com o jogo do Santos. Então, tem isso também.
A transferência do jogo gerou insatisfação entre parte da torcida do Sport, sobretudo por se tratar da venda do mando de campo. Para o Flamengo, entretanto, o foco imediato segue na semifinal da Copa Libertadores contra o Racing, marcada para quarta-feira (22). A decisão de jogar no Pernambuco aumenta a curiosidade sobre o ambiente que os rubro-negros encontrarão na Arena e volta a colocar em evidência o debate sobre a infraestrutura de estádios históricos no país.
Mesmo com a polêmica, o Flamengo mantém a prioridade na Libertadores, enquanto o confronto em Pernambuco será acompanhado de perto por quem observa a luta do clube rumo ao título nacional.