Alerj estuda venda do Maracanã por R$ 2 bilhões e projeto do estádio do Flamengo fica em risco

A proposta de venda do Maracanã voltou ao centro das discussões e ameaça diretamente o projeto do estádio do Flamengo no Gasômetro. A Alerj estuda negociar o estádio por R$ 2 bilhões para quitar dívidas com a União, movimento que mistura decisão financeira e disputa política com reflexos até nas eleições de 2026.

Impacto para o Flamengo e a disputa política

Deputados da Comissão de Constituição e Justiça afirmam que já houve interlocução com o clube, o que poderia modificar a concessão vigente que envolve Flamengo e Fluminense até 2044. A mudança na titularidade do Maracanã enfraqueceria o projeto rubro-negro no Gasômetro e reduziria o protagonismo do prefeito Eduardo Paes, que tem ligação com grandes obras na cidade.

“Tivemos uma reunião recente inclusive com o presidente do Flamengo no gabinete do presidente (da Alerj) Rodrigo Bacellar. E é fundamental que o Estado dê uma destinação (ao estádio)”

Parlamentares citam o Pacaembu como exemplo de local que perdeu relevância após a chegada de arenas privadas e alegam preocupações com custos de manutenção. A justificativa fiscal é evitar que o Estado continue bancando um “elefante branco” e, por isso, a proposta de venda ou uma nova concessão mais longa foi defendida por lideranças.

“Cada vez que o Maracanã abre para um jogo, seja ele qual for, é uma quantia próxima a R$ 1 milhão para acontecer o evento. Não tem sentido a gente ter um elefante branco que o estado continue bancando. Ou vende o Maracanã ou faz uma concessão mais longa, enfim, alguma coisa tem que ser destinada”

Calendário e reflexos esportivos

Enquanto a discussão política avança, o Flamengo mantém a rotina de jogos: enfrenta o Fortaleza no sábado, 25 de outubro, e o Racing em Avellaneda na quarta, 29 de outubro. O retorno ao Maracanã está previsto para 1º de novembro, contra o Sport, mas qualquer alteração na titularidade do estádio pode rever essa programação e a logística dos eventos.

A negociação abre incertezas sobre investimentos, custos operacionais e o planejamento do clube para médio e longo prazo. A Nação acompanha atentamente os desdobramentos na Alerj e as definições que vão impactar diretamente o futuro do Flamengo dentro e fora dos gramados.