O Museu Flamengo corre risco de fechamento temporário caso o clube aprove a cessão do segundo andar para a instalação de uma unidade da Smart Fit na Gávea. O espaço, previsto desde 2019 para abrigar a expansão da história rubro‑negra e os esportes olímpicos, permanece incompleto após a inauguração de 1.200 m² em 2023 — do projeto original de 2.000 m².
Impacto para torcedores e turismo
A diretoria encaminhou ao Conselho Deliberativo uma minuta de contrato com votação agendada para 24 de novembro de 2025. Fontes ligadas ao clube indicam que, se aprovada, a obra para adaptar o andar acima do Museu deve durar cerca de três meses e a unidade poderia abrir em janeiro de 2026. A proposta prevê uma contrapartida mensal de aproximadamente R$ 150 mil pelo uso do espaço.
A Mude Brasil, responsável pela operação do Museu, tenta postergar o início das intervenções para reduzir o impacto financeiro na alta temporada turística do Rio. Entre sócios e conselheiros há divisão: parte defende concluir a expansão do museu; outra vê a cessão como alternativa para gerar receita com um espaço hoje subutilizado.
Próximos passos e debate interno
A minuta está sob análise do presidente do CoDE, Ricardo Lomba, e seguirá para parecer da comissão antes da votação final. A Smart Fit ainda precisa aprovar o texto definitivo do acordo, que já passou por assinaturas provisórias da diretoria dos Conselhos e Assembleia Geral.
O tema reacende questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse, já que o vice‑presidente de Patrimônio Histórico, José Antônio da Rosa, tem histórico empresarial no setor de academias. José Antônio da Rosa disse:
“somente intermediou as conversas.”
Com a data de hoje, 13/11/2025, a decisão do Conselho Deliberativo será determinante para o futuro do Museu Flamengo e para torcedores que aguardam a conclusão da expansão.