Saúl Ñíguez elogiou a torcida do Flamengo e explicou por que optou pelo clube carioca em vez de permanecer na Europa. A menos de dois dias da final da Copa Libertadores contra o Palmeiras, o meia espanhol comentou também a rivalidade com os paulistas e elogiou a gestão de Filipe Luís como treinador.
Elogio à Nação rubro‑negra
Saúl destacou a força da torcida do Flamengo como um dos aspectos que mais o impressionaram desde que chegou ao Rio de Janeiro. Para o espanhol, a paixão da Nação pode ser comparada ao que ele conhece em grandes clubes europeus. “Se tivesse que compará‑lo a algum clube europeu, certamente diria que o Real Madrid, o Manchester United ou o Liverpool. Talvez o mais parecido seja o Liverpool, porque tem uma torcida mais próxima, mais calorosa, algo que o Real Madrid não tem.”
A declaração ganha peso às vésperas da decisão: Flamengo e Palmeiras se enfrentam no sábado (29), às 18h (horário de Brasília), na final da Libertadores, em Lima. A presença da torcida rubro‑negra em viagens e treinos tem sido um diferencial nas últimas semanas.
Rivalidade com o Palmeiras e confiança para a decisão
Saúl disse ter percebido rapidamente a intensidade da rivalidade entre Flamengo e Palmeiras, que se reflete tanto nos campeonatos nacionais quanto em confrontos continentais. Apesar do pouco tempo de clube, afirmou estar integrado e pronto para contribuir na reta final da temporada: “Estou aqui há pouco tempo, mas a rivalidade é muito forte. O pessoal do Palmeiras fala do Flamengo e o do Flamengo fala do Palmeiras. No momento, são os dois times mais fortes e a competição está acirrada. Disputamos o Brasileirão e a Libertadores contra eles. Espero que conquistemos os dois títulos, mas tudo ainda está em aberto.”
Com opções variadas no meio‑campo, Filipe Luís pode usar Saúl como peça para controlar o jogo e trazer experiência em partidas de alta pressão, justamente o que se espera de uma final continental.
Por que escolheu o Flamengo
Antes de assinar com o Flamengo, Saúl recebeu sondagens na Europa, entre elas do Trabzonspor (Turquia), mas optou pelo Rio de Janeiro por motivos familiares e de adaptação. Ele explicou que fatores pessoais pesaram tanto quanto os esportivos na escolha: “Para mim, o mais difícil é quando você tem que mudar com toda a família. Meu maior medo era que eles não se adaptassem e, por enquanto, está tudo bem.”
Saúl detalhou: “Eu tinha falado com o Trabzonspor, mas o Rio era uma opção melhor para mim e para minha família. A oferta do Flamengo era inferior, mas formal. Falei com a minha mulher, e tomamos essa decisão, ela estava grávida.” Ele citou ainda o tempo de viagem, o voo direto, o idioma, a possibilidade de jogar no Maracanã, as instalações do clube e a relação com o treinador como fatores determinantes.
Adaptação com Filipe Luís e ambiente no vestiário
O reencontro com Filipe Luís, agora como treinador, foi outro ponto destacado por Saúl. O espanhol valorizou a capacidade do técnico em gerir o grupo e separar relações pessoais da condução profissional: “Filipe é meu treinador. Enquanto eu vestir a camisa do Flamengo, a amizade que tenho com ele fora do campo não existe. O mérito é dele. Treinar jogadores que foram seus companheiros e que ele sabe como pensamos sobre os técnicos.”
Ele completou: “Ele está lidando com isso com uma naturalidade tremenda. Tem uma gestão de grupo muito boa. Ele me surpreendeu positivamente. Ele sabe muito sobre futebol.”
Perspectivas para a final
A combinação de adaptação familiar, identificação com a torcida e sintonia com a comissão técnica coloca Saúl como peça importante nos planos do Flamengo para as decisões que se aproximam. O clube chega à final da Libertadores com ambição e a expectativa de que jogadores como Saúl Ñíguez façam a diferença em Lima, enquanto a Nação acompanha cada passo rumo ao título.