Processo do Flamengo contra a Federação Peruana segue parado enquanto clube se prepara para final em Lima

O processo contra a Federação Peruana de Futebol é alvo de atenção do Flamengo às vésperas da final da Libertadores em Lima. O clube busca reparação no Brasil pelos valores pagos a Paolo Guerrero durante a suspensão por doping em 2017 e por prejuízos esportivos e financeiros, mas, até 28/11/2025, a ação contra a FPF não avançou por falta de citação válida via carta rogatória.

O que o Flamengo reclama

Na ação, o Flamengo pede a condenação solidária de Paolo Guerrero e da Federação Peruana por cerca de R$ 1,86 milhão referentes a salários e direitos de imagem desembolsados durante a suspensão. Além desse montante, a petição menciona danos indiretos estimados em R$ 16 milhões relacionados a direitos de imagem e mais de R$ 8 milhões em perda de arrecadação de sócios-torcedores, além de prejuízos esportivos apontados pelo clube — entre eles impactos em competições como a Copa Sul-Americana de 2017 e o Carioca de 2018.

O processo contra Paolo Guerrero foi encerrado em março de 2025 sem condenação ao jogador, o que deixa a Federação Peruana como única parte passível de eventual responsabilização na esfera brasileira, desde que a citação seja formalizada.

Trâmites internacionais e a preparação para a final

Para citar a FPF, a Justiça brasileira depende do cumprimento da carta rogatória pelo Peru, procedimento que envolve juiz, Ministério da Justiça, Itamaraty e autoridades peruanas. O Flamengo chegou a sugerir a citação por edital como alternativa caso a notificação não seja possível. Até 28/11/2025, consultas de advogados do clube verificaram o andamento do pedido, sem avanço prático.

Apesar do impasse jurídico, o time manteve a rotina de trabalho e realizou treinos em Lima, demonstrando que a disputa judicial não alterou a preparação para o jogo decisivo contra o Palmeiras. Novos desdobramentos dependerão exclusivamente do cumprimento do procedimento internacional.