O Flamengo comemorou o título do Brasileirão 2025 com uma festa que tomou conta do Maracanã e se espalhou pelas redes: o triunfo por 1 a 0 sobre o Ceará não só garantiu a taça como gerou cenas marcantes, repercussão na televisão e respostas ácidas da direção. A noite de quarta-feira (03) consolidou a força do clube dentro e fora de campo durante esta campanha histórica do Flamengo Brasileirão 2025.
Festa no Maracanã: Rafinha se junta à comemoração
Logo após o apito final, Rafinha — ex-lateral e integrante do grupo campeão em 2019 — não resistiu à emoção e foi para a festa junto ao elenco. Escalado para trabalhar na transmissão, o agora comentarista acabou celebrando com os jogadores e se misturou à celebração rubro-negra no gramado.
A presença de Rafinha entre os atletas também gerou um momento de apreensão técnica: o ex-jogador ainda estava com fios de microfone e fone presos ao corpo, o que levou a equipe de transmissão a tentar retirá-los enquanto a celebração acontecia. A imagem do ex-lateral pulando nos braços de Bruno Henrique virou símbolo da conexão entre ídolos e time vigente.
“Olha o Rafinha pulando no meio da galera, nos braços do Bruno Henrique. Nosso amigo do cabo puxa para um lado, para o outro. Tira o fone do Rafinha para ele ir para a festa, estão levando fone e microfone. Meu Deus do céu”
A cena com Rafinha reforçou a sensação de que o título do Brasileirão 2025 pertenceu a uma geração que ainda mantém laços fortes com o clube. A mistura de ex-atletas, elenco atual e torcida construiu uma atmosfera festiva que durou até as saídas do estádio.
Léo Pereira vira protagonista e reafirma ascensão
Léo Pereira também foi um dos rostos que marcaram a festa no Maracanã. Ao receber uma bandeira de São Judas Tadeu — tradicional padroeiro ligado à torcida — o zagueiro subiu em uma trave e fez o símbolo tremular, arrancando aplausos e cânticos da Nação.
O gesto, carregado de identificação com a torcida, teve impacto maior por tudo o que Léo representou ao longo da temporada: com atuações consistentes sob o comando de Filipe Luís, o defensor se transformou em peça-chave da defesa e conquistou seu segundo título de Libertadores pelo clube, consolidando um novo capítulo de prestígio dentro do elenco.
Audiência em alta: final impulsiona recordes na TV
O efeito da conquista reverberou também na televisão. A transmissão da partida alcançou média de 32 pontos no Rio de Janeiro, um crescimento expressivo em relação às quartas-feiras das semanas anteriores e mais uma prova da capacidade do Flamengo de mobilizar audiência em decisões importantes.
O programa exibido após a partida, que debate os desdobramentos do jogo, registrou 24 pontos no mesmo mercado — sua melhor marca em 2025 e a maior audiência do formato em quase cinco anos. Esses números comprovam o apelo do Flamengo quando o time está em disputa por títulos e reforçam o impacto da torcida na repercussão do clube.
Com Libertadores e Brasileirão já no ano, a projeção é que o Flamengo mantenha esse apelo nas próximas exibições, especialmente em confrontos internacionais que possam ter reflexo direto na audiência nacional e global.
José Boto responde e reacende a polêmica entre rivais
Na celebração do título, José Boto, diretor técnico do Flamengo, também virou notícia ao publicar uma foto segurando a taça e uma bandeira de Portugal, acompanhada de uma legenda que a torcida interpretou como resposta a declarações de adversários após a decisão continental.
“Muito trabalho, muito sacrifício, muita resiliência, sem *”
A publicação do dirigente foi vista como referência direta à fala de Abel Ferreira após a final da Libertadores, quando o treinador palmeirense sugeriu que a conquista rubro-negra estaria “manchada” por incidentes no jogo. As declarações de Abel geraram reação imediata e alimentaram ainda mais a rivalidade entre as equipes.
“Independentemente das incidências que houve no jogo, há um asterisco no jogo, há um asterisco. Cicatrizes ficam, é natural que um ou outro jogador ainda esteja a sangrar”
Abel Ferreira também falou sobre a frustração do seu time com a derrota na final continental:
“Para ser muito sincero, estamos frustrados, desiludidos… Porque, mais do que tudo, perdemos para nós próprios. Quando você tem uma oportunidade de desafiar um rival como nós e tu perdes para ti mesmo […] isso cria frustração na nossa equipe”
As falas e a resposta de Boto adicionaram um tempero extra à narrativa da temporada, com o Flamengo saindo vitorioso tanto nos gramados quanto no debate simbólico com o rival.
Próxima parada: Intercontinental e a logística para Doha
Com o Brasileirão 2025 garantido e a Libertadores conquistada, o foco do Flamengo passa agora à Copa Intercontinental, que começa em Doha. O clube embarca nos próximos dias para o Catar com a missão de brigar pelo bicampeonato mundial.
Antes do deslocamento, a comissão técnica de Filipe Luís concedeu folgas ao elenco principal para recuperação — um período que serviu também para definir detalhes da viagem e ajustar o planejamento físico e tático para o torneio. Para a última rodada do Brasileirão o clube optou por preservar os titulares, escalando a equipe sub-20 contra o Mirassol.
Na prática, os dias que seguem até o embarque vão servir para transformar a alegria do título nacional em foco e preparo para os desafios internacionais. A Nação fica em festa, mas o calendário exige concentração: a festa no Maracanã já dá lugar à preparação para provar, em Doha, que este ciclo rubro-negro é para ser comemorado em todas as frentes.