Os bastidores da Libertadores ganharam novos capítulos nesta quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, com um vídeo que mostrou a tensão antes da final em Lima, a euforia depois do jogo e também os atritos fora de campo. O material destacou a preleção marcada por Filipe Luís, os discursos de liderança de De Arrascaeta e Bruno Henrique, a brincadeira de Danilo no vestiário e a resposta de José Boto às críticas de Abel Ferreira — tudo deixando a Nação em polvorosa.
Preleção e clima no vestiário
Antes da bola rolar contra o Palmeiras, o vestiário do Flamengo foi palco de palavras fortes e cobrança por atitude. Filipe Luís, à frente do time, assumiu a atmosfera e imprimiu um tom de urgência e foco para a decisão continental, buscando deixar claro que a equipe precisava entrar concentrada e sem distrações.
“Querer ganhar, querer demonstrar. Vibra, vibra por cada bola que vocês roubarem. Vibra. Contagia. Apaga eles, apaga o time deles. Hoje, é o dia que eu fico mais tranquilo. Porque quando tem jogo grande, é para jogador grande”
Além do treinador, as lideranças do elenco reforçaram a união como combustível para a conquista. De Arrascaeta apelou ao espírito coletivo e à entrega do grupo, enquanto Bruno Henrique, em sua fala, previu um momento histórico para o clube — palavras que inflaram a confiança antes do jogo.
“Vamos, vamos, vamos. Nada é mais importante que o grupo. Vamos pelos companheiros hoje”
“Hoje, esse time aqui, é para fazer história. É para entrar na história do Flamengo. É pelo tetra, é muita coisa envolvida. Olha o que todo mundo se envolveu para estar aqui. Todo mundo deu o máximo para estarmos aqui, na maior final de Libertadores. Vamos pensar, rapaziada, no que está em jogo. Hoje vamos fazer história”
O tom sério da preparação deu lugar à leveza após o apito final. Danilo, autor do gol que garantiu a taça, aproveitou o momento para descontrair e, em tom bem-humorado, agradeceu ao elenco pela confiança, lembrando episódio polêmico que havia marcado a temporada.
“Espero que, com esse gol, vocês tenham me perdoado da expulsão do Bahia”
Fora de campo: provocações e a resposta rubro-negra
Se dentro do vestiário prevaleceu união, fora de campo a rivalidade continuou em evidência. Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, havia falado em coletiva sobre um “asterisco” na final, declaração que reacendeu a animosidade entre as torcidas e gerou repercussão imediata na Nação rubro-negra.
“Independentemente das incidências que houve no jogo, há um asterisco no jogo, há um asterisco. Cicatrizes ficam, é natural que um ou outro jogador ainda esteja a sangrar”
Abel também comentou sobre a frustração do Palmeiras ao afirmar que a própria equipe perdeu oportunidades e enfrentou problemas internos durante a partida decisiva.
“Para ser muito sincero, estamos frustrados, desiludidos… Porque, mais do que tudo, perdemos para nós próprios. Quando você tem uma oportunidade de desafiar um rival como nós e tu perdes para ti mesmo […] isso cria frustração na nossa equipe”
Em resposta, o diretor técnico José Boto não poupou ironia nas redes e celebrou o trabalho da temporada ao lado da taça, com uma legenda que virou símbolo de resposta direta às insinuações rivais.
“Muito trabalho, muito sacrifício, muita resiliência, sem *”
O episódio ilustra o clima acirrado que marcou 2025, mas também reforça o momento de liderança e convicção do Flamengo, tricampeão de rivalidades diretas e vencedor das principais competições da temporada.
Com a Libertadores e o Brasileirão já na galeria, o Rubro-Negro agora foca a atenção na estreia pela Copa Intercontinental, marcada para 10 de dezembro no Catar, contra o Cruz Azul. A Nação segue empolgada e espera que as cenas de bastidores revelem ainda mais capítulos memoráveis deste elenco comandado por Filipe Luís.