O Flamengo chega à final do Mundial de Clubes com apelo por concentração do elenco e o reforço do protagonismo de Giorgian Arrascaeta. Entre palavras de comando do volante Danilo e o reconhecimento de adversários, a equipe de Filipe Luís parte com confiança em busca do bicampeonato contra o PSG.
Apelo de Danilo por concentração e controle emocional
Antes do confronto decisivo com o PSG, Danilo falou diretamente ao grupo sobre a importância de reduzir a margem de erro nos momentos que definem partidas importantes. O volante ressaltou que decisões cruciais acontecem nas duas áreas do campo e que a cabeça do jogador pode ser o diferencial.
— Uma coisa que parece básica, mas a gente esquece, é que o futebol é decidido nas duas áreas. Uma oportunidade um pouco mais clara como o Pyramids (EGI) teve uma frente a frente com o Rossi, que fez uma incrível defesa, normalmente o Paris naquele tipo de situação faz o gol –, disse, antes de concluir:
— Então tem que ser forte mentalmente para não deixar esse episódio acontecer e tentar de certa forma fazer o tempo passar. Aí eu creio que as coisas podem ficar melhor para nós –, fechou Danilo.
A declaração de Danilo funciona como um lembrete prático para a equipe: disciplina tática, atenção nas transições e segurança nos lances de bola parada. Filipe Luís tem o elenco praticamente completo à disposição e pode ajustar detalhes para garantir essa solidez mental exigida pelo camisa 8.
Arrascaeta volta a decidir e chama atenção dos rivais
Giorgian Arrascaeta teve participação direta na vitória sobre o Pyramids, com duas assistências que ajudaram o Flamengo a carimbar a vaga na final. O desempenho do meia uruguaio não passou despercebido e até o adversário reconheceu que desconhecia parte da força do camisa 10.
— Eles não conheciam tanto o Arrascaeta, por não ter jogado na Europa. Então, Arrascaeta, Carrascal, Plata, Luiz Araújo, Cebolinha, por exemplo, eu fui passando as características para eles. O Flamengo tem dois times. O banco do Flamengo joga como titular em qualquer time do Brasil —
O atacante Ewerton, do Pyramids, confirmou que precisou explicar aos companheiros quem é Arrascaeta e elogiou a profundidade do elenco rubro-negro. A observação reforça a ideia de que o Flamengo conta com alternativas de alto nível, capazes de manter o padrão mesmo quando há trocas no time.
“O que mais chamou a atenção é a frieza que o time do Flamengo tem. Muita calma e experiência. Tem Jorginho, Arrascaeta e Alex Sandro. Sabíamos que iríamos sofrer bastante”.
“Quando eu entrei, já estava 2 a 0 para o Flamengo. Não tínhamos mais nada a perder. Eu queria ter entrado antes, mas foi o que foi. Nas oportunidades que eu tive, eu tentei. Eu vi que o Varela baixou o meião, estava um pouco cansado. O Flamengo começou a dosar, não queriam cansar muito, já se poupando para o PSG (FRA). Mas eu tentei criar oportunidades”.
“Para mim, foi surpresa. No começo eu pensei fosse o nome dele real, em homenagem ao Zico do Flamengo. Mas não é, é um apelido que deram. Ele tem minha idade, então não viu o Zico jogar”.
Caminho até a final e o que esperar na decisão
O Flamengo eliminou Cruz Azul e Pyramids para chegar à final, exibindo equilíbrio entre experiência e juventude. Com Rossi fazendo defesas importantes e jogadores como Léo Pereira e Danilo aparecendo em momentos decisivos, o time de Filipe Luís chega com opções tanto no onze inicial quanto no banco.
A grande final contra o PSG está marcada para quarta-feira, 17/12/2025, às 14h (horário de Brasília), em Doha. A expectativa é de um jogo tático, em que a força mental e a capacidade de aproveitar as poucas chances serão determinantes — exatamente os pontos que Danilo destacou nos preparativos finais.
Na Nação rubro-negra, a confiança cresce: a combinação entre a leitura de jogo de Arrascaeta, a liderança de jogadores como Danilo e o planejamento de Filipe Luís dão ao Flamengo argumentos para sonhar com o bicampeonato mundial.