Projeto na Alerj pode barrar venda do naming rights do Maracanã e afetar receita do Flamengo

Flamengo e Fluminense negociavam a venda do naming rights do Maracanã, operação que poderia render cerca de R$ 55 milhões aos clubes, mas um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro ameaça interromper a negociação. A iniciativa, do deputado Alexandre Knoploch (PL-RJ), pretende vedar a alteração do nome oficial do Estádio Jornalista Mário Filho – Maracanã, alegando preservação do patrimônio histórico.

Trâmite legislativo e o teor do projeto

O projeto prevê duas regras centrais e seguirá por pelo menos quatro comissões da Alerj antes de chegar ao governador Cláudio Castro para sanção ou veto. O percurso envolve análise em Constituição e Justiça; Esporte e Lazer; Cultura; e Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional, o que pode estender o processo por semanas ou meses.

Trecho do projeto:

“Fica vedada qualquer alteração do nome oficial do Estádio Jornalista Mário Filho – Maracanã, preservando-se sua denominação histórica como patrimônio cultural do Estado do Rio de Janeiro.”

“A vedação prevista no artigo anterior aplica-se a quaisquer atos administrativos, contratos, concessões, permissões, parcerias público-privadas ou outros instrumentos que tenham por finalidade alterar, total ou parcialmente, o nome oficial do Estádio, inclusive aqueles relacionados à exploração comercial de naming rights.”

Impacto direto para o Flamengo

Pelo acordo de gestão do Maracanã, a receita da venda do naming rights seria repartida em 65% para o Flamengo e 35% para o Fluminense. Com o projeto em tramitação, a diretoria rubro-negra perde a previsibilidade da receita estimada em R$ 55 milhões, valor relevante para o planejamento de 2026.

Torcedores e dirigentes acompanham o andamento do caso: se a proibição avançar, o Flamengo terá uma fonte de receita bloqueada; se o projeto não prosperar, as negociações podem ser retomadas com o governo do estado e potenciais interessados.