O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), apresentou ao Conselho Deliberativo um pacote de ações voltadas ao Maracanã que envolve avaliação técnica do gramado, aquisição de equipamentos de manutenção, projeções de faturamento e mudanças na infraestrutura do setor visitante.
Avaliação do gramado e cronograma de melhoria
Um especialista que integrou a equipe de cuidados do gramado no estádio do Catar avaliou o piso do Maracanã e atribuiu nota 3 ao campo. A avaliação serviu como referência para o plano de ação apresentado por Bap, com cronograma e metas claras para o fim do triênio de sua gestão. O clube aprovou a compra de equipamento específico para integrar a rotina de manutenção, com o objetivo de elevar a qualidade do gramado e atender aos padrões exigidos para grandes competições.
Trecho citado por Bap:
“Quando a gente começa essa campanha contra o campo de plástico. A gente tem que olhar para o próprio rabo, né, macaco? Qual é a nota que um especialista daria para o nosso campo? O cara deu nota 3, e diz que nota 3 é uma nota muito boa. No Brasil, uma nota melhor que a nossa, é 4, do Corinthians”.
Bap também detalhou metas: alcançar nota 4 em 2026 e nota 5 em 2027, e afirmou que a máquina encomendada fará parte do trabalho necessário para atingir esses níveis.
Faturamento do Maracanã e impacto na gestão do clube
O presidente destacou que o Maracanã se consolidou como o estádio mais rentável do país para o clube, com aumento expressivo de receita nos últimos anos. Foram apresentados números projetados que reforçam a importância de uma operação estável do estádio para o planejamento financeiro do Flamengo: R$ 72 milhões em faturamento em 2024, R$ 120 milhões em 2025 e previsão de R$ 192 milhões em 2026 — projeção feita sem contabilizar shows e mantendo o gramado natural.
Trecho citado por Bap:
“O Maracanã fez R$ 72 milhões de faturamento em 24, R$ 120 milhões em 2025 e vai fazer R$ 192 em 2026, sem shows e sem gramado de plástico. Você pode, sim, ganhar dinheiro com futebol sem ter que fazer show”.
O reforço na manutenção do campo e a profissionalização da operação do estádio são apresentados pelo clube como pilares para ampliar receitas e preservar o Maracanã como palco de grandes decisões.
Redes para visitantes: reciprocidade e segurança
Como parte das intervenções previstas para janeiro de 2026, Bap anunciou a instalação de redes mais fechadas no setor visitante do Maracanã. A medida foi apresentada como resposta a práticas adotadas por alguns clubes quando recebem a torcida rubro-negra, e foi colocada sob a lógica da reciprocidade: quem tratar bem o Flamengo será tratado bem; quem adotar medidas hostis receberá resposta equivalente.
Trecho citado por Bap:
“Para janeiro, faremos uma série de intervenções no Maracanã. Teremos aquela rede que em alguns lugares a gente recebe. Aquela rede super amistosa que tem no campo do Atlético-MG e do Palmeiras. Nós seremos absolutamente recíprocos. Você recebe a gente com aquela m*rda daquela rede, vai ter uma rede pior e mais fechada no Maracanã para você, certo? Quem tratar bem o Flamengo, será tratado bem quando vier jogar aqui. Tacou uma pedra na gente, a gente taca uma montanha quando você vier aqui. Esse vai ser o nível”
Resta aguardar a execução prática dessas medidas e o impacto na experiência, logística e segurança dos torcedores visitantes, além do diálogo com autoridades de segurança pública e a gestão do estádio. Com metas técnicas para o gramado, investimentos em equipamentos e uma postura firme sobre infraestrutura, o Flamengo pretende encerrar 2026 com o Maracanã mais preparado para jogos de alto nível e com receita mais robusta para sustentar o projeto esportivo.