No Jogo das Estrelas, Zico voltou a criticar o uso de gramados sintéticos e reforçou a defesa do Flamengo por campos naturais, cobrando mais investimento na manutenção das estruturas. A discussão ganhou força depois do clube protocolar uma proposta técnica junto à CBF e articular apoio para uma padronização aplicada em todo o país.
“As principais competições do mundo não usam grama sintética”, afirmou Zico, ressaltando o risco e a inadequação do piso artificial para alto rendimento. A declaração reacendeu o debate sobre segurança, performance e igualdade competitiva entre equipes que atuam em superfícies distintas.
Flamengo lidera iniciativa por padronização
O clube argumenta que o gramado sintético pode conferir vantagem técnica a quem joga com frequência em piso artificial e comprometer a igualdade competitiva. A diretoria apresentou estudos sobre qualidade do solo, drenagem e programas de manutenção voltados para clubes de menor porte, propondo inclusive mecanismos de apoio financeiro para recuperação de estádios.
Além do posicionamento público, o Flamengo busca articular com federações e entidades técnicas medidas que garantam segurança e desempenho dos atletas. A ideia central é estabelecer critérios mínimos — técnicas de construção, condições de drenagem, programas periódicos de manutenção e suporte financeiro — para que partidas profissionais não sejam decididas por diferenças de piso.
Impactos esportivos e saúde dos jogadores
Especialistas consultados pelo clube apontam que a diferença entre gramado natural e piso artificial altera tração, resposta do calçado, velocidade de bola e pode elevar o risco de lesões musculares e articulares. O Flamengo destaca que, em 2025, as principais ligas sul-americanas não registraram uso de sintético em jogos de primeira divisão — dado que embasa suas propostas e apela por maior investimento em infraestrutura.
Com a repercussão do Jogo das Estrelas e as manifestações de Zico, a pressão por investimentos em infraestrutura deve se intensificar, empurrando dirigentes, federações e órgãos responsáveis a priorizarem melhorias nos gramados naturais em todo o país. A expectativa do clube é que, com critérios técnicos e apoio financeiro, seja possível reduzir a heterogeneidade dos campos e proteger a integridade esportiva e física dos jogadores.