O trabalho de Maurício Barbieri no Flamengo começa, inegavelmente, a dar frutos visíveis. Ele é jovem e inexperiente, algumas vezes ainda erra (como escalar um time reserva contra a Chapecoense ou ser cauteloso demais, quando não havia motivos, no segundo jogo contra o River Plate), mas no geral, justiça seja feita, tem acertado muito mais. O time rubro-negro exibe, agora, um padrão de jogo bem definido. E, hosana nas alturas, acabou com os chutões pra frente e com o maldito chuveirinho, que persistiam faz tempo, com os mais diversos treinadores.
Discretamente, está sendo feita também uma troca de guarda (e de gerações) na defesa. A cada jogo que passa os jovens Léo Duarte e Thuler mostram do que são capazes e não há mais dúvidas de que logo serão titulares absolutos. É admirável também o técnico que tem conseguido com Renê: antes um mero e esforçado marcador, que agora vem revelando um até então insuspeitado talento no apoio ao ataque.
É elogiável também a utilização cada vez mais frequente de Jean Lucas, grande promessa da base que pode virar titular com a saída de Vinícius Jr. e o deslocamento de Paquetá mais para a esquerda. E, registre-se ainda, é sob o comando do jovem treinador que o futebol de Everton Ribeiro, enfim, está reaparecendo.
Ainda acho cedo para considerar Maurício Barbieri uma grande revelação como técnico. Mas que ele demonstra estar no caminho certo para isso, demonstra. Palmas pra ele.
Reprodução: Blog do Renato Maurício Prado
Fonte: http://colunadoflamengo.com/2018/06/rmp-evolucao-inegavel/