O Flamengo amargou mais um resultado aquém do esperado (0 a 0) jogando em casa, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Contra o Corinthians, o ataque rubro-negro não foi capaz de quebrar a estratégia defensiva do técnico Jair Ventura, estendendo ainda mais a má fase de seus centroavantes, que completaram um mês sem marcar.
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O último a balançar as redes foi Henrique Dourado, que marcou o gol da vitória contra o Cruzeiro, no dia 12 de agosto, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. De lá para cá, o Flamengo marcou seis gols em nove jogos — contando Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil. Nenhum vindo de seus homens de referência.
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Na partida de quarta-feira, os três principais centroavantes do clube jogaram em algum momento, sem sucesso. Para a vaga de titular, Maurício Barbieri apostou em Fernando Uribe. Nos 71 minutos que passou dentro de campo, o colombiano pouco fez. Sob vaias, foi substituído por Henrique Dourado aos 26 do segundo tempo. Lincoln entrou na vaga de Vitinho pouco depois, aos 35.
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O jejum também parece incomodar os jogadores. Em entrevista após o jogo, o meia Diego comentou sobre a responsabilidade rubro-negra para a partida de volta:
— Temos de assumir o jogo em busca da vitória. É ir pra cima e transformar o volume de jogo em eficiência — alertou o camisa 10.
FALTA DE CRIATIVIDADE
A fala de Diego reflete uma complicada realidade vivida dentro das quatro linhas. O Flamengo esteve com a bola cerca de 67% do tempo contra o Corinthians, mas não foi capaz de aproveitar esse cenário a seu favor.
Dados do site “Footstats” mostram que os meias rubro-negros concentraram o jogo na região central do campo, acionando pouco os centroavantes. Gustavo Cuéllar, Lucas Paquetá, Diego e Éverton Ribeiro trocaram 107 passes entre si, enquanto Uribe, por exemplo, recebeu apenas cinco passes e três cruzamentos em sua direção vindos deles. Se levarmos em conta Dourado e Lincoln, os números são ínfimos.
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Jogador de características defensivas, Cuéllar foi um dos que mais ficou com a bola — 8,71% de posse —, perdendo apenas para o lateral Renê. Uribe teve a bola nos pés apenas 1% do tempo. Nas últimas cinco partidas do rubro-negro, o centroavante escolhido como titular não chegou a 2% de posse de bola. Em comparação, o artilheiro do Brasileiro, Gabriel Barbosa, do Santos, teve posse de bola de 3%, em alguns jogos chegando perto dos 4%. Pedro, centroavante do Fluminense, passou sempre dos 2%, chegando aos 3% em algumas partidas.
Após o jogo desta quarta, Barbieri afirmou que tem escolhido o titular do ataque em função do adversário e que há espaço para melhora na hora de jogadas decisivas.
— A gente já usou o Vitinho, já usou dois centroavantes. No geral, tivemos possibilidade clara e temos que seguir buscando soluções. Temos escolhido em função do adversário, precisamos melhorar o último passe e a criação — admitiu o técnico do Flamengo.
Fonte: https://oglobo.globo.com/esportes/centroavantes-do-flamengo-completam-um-mes-sem-fazer-gol-23065074