O último treino antes do jogo contra o Atlético-PR, nesta quarta, às 21h45, no Maracanã, pela semifinal Sul-Americana, começou com sorrisos e brincadeiras. Numa espécie de inferno astral em sua semana mais importante de 2018, os jogadores do Fluminense sabem que é preciso dar uma guinada no ambiente. Apesar da crise financeira e do jejum de gols e de vitórias, o sentimento é de que os dois próximos compromissos (ainda decidem sua permanência na Série A, domingo, contra o América-MG) podem mudar o fim de ano.
— O bom futebol não tem sido apresentado. Mas passando esses dois jogos e conseguindo fazer os resultados, a semana que vem vai ser diferente, com a perspectiva de terminar o ano bem e com título — afirmou Gum.
Há muito em jogo para o Fluminense no duelo de hoje. A classificação para a final da Sul-Americana manteria a esperança de receita extra nos combalidos cofres do clube. Só em premiações pelo título e pelas participações na Libertadores, na Recopa e na Copa Suruga, o Tricolor pode faturar até R$ 21 milhões. E dinheiro virou o assunto principal do clube, que deve um mês de salário e quatro de direitos de imagem.
— A questão do salário atrapalha? Claro que atrapalha. Qualquer trabalhador precisa receber — comentou o capitão tricolor.
Além da questão do dinheiro, uma virada sobre o Atlético-PR, que venceu o primeiro jogo por 2 a 0, injetará ânimo nos atletas. Eles já não escondem que a pressão pelo gol que não sai há 672 minutos e pela vitória que não vem há sete partidas desestabilizou o time.
— É visível que a falta de gols e de vitórias atrapalhou e aumentou a pressão. Só que agora vamos para duas finais. E o importante é fazer gols. Seja como for. Feio é não fazer — disse Gum.