Olá, companheiros e companheiras de Coluna do Fla. Lá vamos nós iniciando mais um ano, o quarto aqui neste espaço democrático, onde, semanalmente, discutimos sobre o Mais Querido. Entretanto, acontecimentos recentes marcam o início da temporada 2020 de forma negativa, ao contrário do que deveria ser. Afinal de contas, somos os atuais campeões da Libertadores e do Brasileirão.
Nos últimos dias pipocou em toda a imprensa esportiva o racha interno que vive o Flamengo, escancarado após a demissão de Paulo Pelaipe da gerência de futebol. O caso tomou grandes proporções, principalmente pela maneira amadora em que o desligamento foi feito. Diversos setoristas do clube, em suas apurações, apontaram que há uma disputa política por trás da saída do dirigente.
Ao que tudo indica, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, foi o fiel da balança na demissão de Pelaipe para enfraquecer Marcos Braz, a quem o demitido era subordinado. O objetivo era enfraquecer, internamente, o vice de futebol visando as eleições do ano que vem. Braz não faz parte do mesmo grupo político de Landim. Apoiou e tem o cargo de VP por causa de uma articulação para derrotar Ricardo Lomba, candidato do ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, nas eleições de 2018.
Pois bem, amigos e amigas do Coluna do Fla. Ao ler os três parágrafos acima parece que estamos na editoria de política, não é mesmo? Articulação para lá, distribuição de cargos para cá, crise interna, “puxação” de tapete, etc. Entretanto, isso está acontecendo em um clube de futebol. Infelizmente, diante do amadorismo do esporte bretão nacional, a formação das diretorias é feita de forma política. Por isso estas práticas nefastas.
O maior problema é que a disputa de egos está sendo maior que o pensamento coletivo (algo que também ocorre na política). 2020 é o ano que o Flamengo precisa se consolidar com o principal clube brasileiro. E estes rachas internos só trazem problemas para alcançarmos estes objetivos.
E pior, toda essa presepada é pensando nas eleições de 2021. Daqui a quase dois anos! Até lá, tanta coisa pode acontecer. De qualquer maneira, o associado flamenguista vai pra urna para votar naquele que trabalhou e fez um ótimo trabalho pelo clube. E não naquele que usou do cargo para tentar benefícios próprios, em detrimento da instituição.
Ah, e antes que falem que Bap negou participação na demissão de Pelaipe e nesta “guerra” interna, concluo: é óbvio que vai tirar o dele “da reta” de maneira oficial. Sabe que a batata dele com a torcida voltou a assar. Não quer se queimar.
Enquanto isso, rezamos para que nossos dirigentes coloquem a cabeça no lugar, para que 2020 seja um ano ainda melhor que 2019!
Matheus Brum
Jornalista
Twitter: @MatheusTBrum
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Fonte: https://colunadofla.com/2020/01/matheus-brum-politicagem-pouca-e-bobagem/