Assim como diversas atividades esportivas pelo Brasil e pelo mundo, o basquete nacional foi suspenso por conta da pandemia do novo coronavírus. No site InfoMoney, o economista Cesar Grafietti analisou a situação financeira da Liga Nacional de Basquete (LNB), responsável pela realização do Novo Basquete Brasil. A competição teve sua primeira temporada em 2009. Completando sua 11ª edição, o campeonato seguia a temporada 2019-2020 rumo aos playoffs quando foi decidida a paralisação até a melhor avaliação do cenário envolvendo a Covid-19.
A decisão de suspender a competição fez com a LNB, em comum acordo com representantes dos clubes envolvidos, resolvessem encerrar a fase de classificação mantendo a posição atual de tabela. Ou seja, dos 16 clubes, 4 ficam de fora dos playoffs e os 12 primeiros partirão para a disputa assim que houver uma definição de continuidade. Algo que, no momento, não é possível prever.
16 equipes participam do NBB e o economista as dividiu em três grandes blocos: os Clubes de Futebol (Botafogo, Corinthians, Flamengo e São Paulo); os Clubes Sociais (Minas Tênis, Paulistano e Pinheiros); e as Associações (Franca, Mogi das Cruzes, Unifacisa, Rio Claro, Bauru, Brasília, São Jose, Basquete Cearense e Pato Basquete).
Entre as emissoras responsáveis pelas transmissões das partidas, estão: Band, ESPN, Fox Sports, DAZN, e por diversas redes sociais. Grafietti afirmou que as receitas de TV não são relevantes, mesmo com partidas sendo exibidas. Para o basquete dos clubes de futebol o patrocínio muitas vezes entra no rateio geral, em outras palavras é o futebol quem financia indiretamente o basquete. Mas para os Clubes Sociais e as Associações o patrocínio é fundamental e paga a conta. O economista alertou ainda que, no caso das Associações, o valor arrecadado pelas bilheteria contribuiu para a formação da receita total.
De acordo com Grafietti, boa parte da estrutura logística que envolve a realização da competição, quem banca é a LNB. Aos clubes, cabe o maior desafio: arcar com o grande custo que é manter seus atletas. O economista destacou que a situação do basquete masculino brasileiro é menos dramática que a do futebol, já que não há casos de atrasos recorrentes de salários. E a estrutura com custos compatíveis com as receitas faz com que as dificuldades originadas pela Covid-19 sejam administráveis, pelo menos por algum tempo.
– Com organização, pés-no-chão e uma estrutura compatível com o porte dos clubes o basquete mostra que é possível ultrapassar momentos de dificuldade com sustos, mas sem viver num pesadelo, disse Grafietti.