Nesta terça-feira (21), representantes jurídicos dos clubes do Rio, se reuniram com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e com o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), para debater medidas jurídicas durante a paralisação dos jogos. Segundo o Jornal O Globo, a discussão envolveu reduções salariais, extensão ou redução de contratos e suspensão temporária de multas.
A videoconferência contou com a participação dos quatro grandes, Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo, e também com a presença de clubes menores, que debateram medidas capazes de minimizar os efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus. De acordo com o veículo, dentre as sugestões está o pedido de suspensão de parcelas do Profut e do Ato trabalhista. Além disso, os times também vão produzir e entregar ao TJD, um documento que solicita, formalmente, uma ‘brecha’ na Lei Pele, que não permite contratos com menos de três meses.
A ideia é usar as medidas provisórias do Governo Federal para estender, por um mês, os vínculos que terminaram em abril, para que os atletas possam atuar no Estadual. Conforme o Jornal, a Ferj entrou em contato com a Secretaria Nacional de Futebol e solicitou a aprovação de contratos de apenas 30 dias, considerando que o Campeonato Carioca necessitaria de apenas 15 dias para terminar.
O Flamengo foi representado por Rodrigo Dunshee, vice-presidente geral e jurídico e, segundo O Globo, ainda que o Mais Querido não tenha tomado nenhuma medida em relação aos contratos, vai discutir o assunto caso o futebol não retorne em maio. A ideia do clube seria, após as férias coletivas de 30 dias, tentar um acordo de licença remunerada enquanto não houver retorno dos treinamentos.
O Jornal destaca também o posicionamento dos outros três grandes para o mês de maio. O Fluminense anunciou uma redução de 25% nos salários. O Botafogo não irá reduzir os valores de atletas e funcionários, e o Vasco não informou nenhuma forma de acordo.