RESGATE DO DNA

Depois de tanto tempo com o grito de CAMPEÃO entalado em nossas gargantas, bem que a gente merecia um tempinho maior para saboreá-lo, não é mesmo?
Porque ele foi MUITO saboroso.

Mesmo tendo acontecido no defenestrado, desorganizado, rejeitado, ridicularizado e manipulado Carioca, é inegável que um título conquistado em um Maracanã lotado, contra o Flu, torcida mista (coisa rara, hoje em dia, mas que inegavelmente valoriza o espetáculo) e virada no final, tem um sabor pra lá de especial.

Se alguém aqui duvida, dê uma olhada neste vídeo SENSACIONAL feito por um torcedor no exato momento dos nossos gols e tente descobrir, dentre os mais de 50 mil dos nossos no estádio, indiferentes ao que ocorria no campo. (https://www.youtube.com/watch?v=LEvuwa6PLZU)

DUVIDO que, até mesmo aqueles mais radicais, torcedores que olhavam o Carioca com grande desprezo, não tenham comemorado essa conquista. Especialmente por ela ter acontecido de forma INVICTA, com vitória nos dois jogos finais, nos dando oportunidade de conhecer as várias opções que temos no elenco e tendo aumentado, ainda mais, nossa hegemonia local.

Na coluna passada eu já havia deixado bem clara minha admiração pelo trabalho do nosso treinador e não pretendo me tornar repetitivo. Mas há aspectos no trabalho do Zé Ricardo que precisam ser pontuados.
Fora seu percentual de aproveitamento de mais de 80% e alternativas NADA ortodoxas, que vêm deixando a mídia perplexa, Zé Ricardo resgatou uma de nossas principais características, que andava adormecida.

Não nego, comemorei nossa vaga na Libertadores em 2007, saindo da zona de rebaixamento, como se fosse um título. Mas no fundo, no fundo, sabia que aquela infinidade de sofridas vitórias, jogando fechadinhos atrás (no melhor estilo “Papai Joel”), era apenas a forma possível de chegar onde desejávamos naquele momento. Era uma equipe que se destacava pela dedicação e raça, mas lhe faltava algo que vem SOBRANDO hoje em dia: DNA Rubronegro.

Esse Flamengo atual do Zé me dá MUITO mais prazer de ver atuar. Além de consistente, joga com intensidade, PRA CIMA de seus adversários, controlando o jogo, marcando o adversário no campo dele, seja contra quem, ou onde, for. E, como os números mostram, isso não implica em vulnerabilidade, pois as derrotas são raríssimas e, na maioria das vezes, imerecidas.

O pessoal dessas Resenhas (criadas apenas para bajular as equipes paulistas), que insiste em ignorar índices de desempenho e estão sempre dispostos a enxergar nossas falhas, prefere pontuar nosso baixo aproveitamento nas finalizações. Não fossem TÃO cegos pelo bairrismo, deveriam mesmo é enaltecer o fato de sermos a equipe que MAIS FINALIZA (dentre TODOS) na Libertadores e que nesse time CAMPEÃO ainda somaremos Diego, Conca e Ederson.

Realmente nosso aproveitamento em finalizações não é, AINDA, o ideal. Só que isso não nos impede de ter um ataque com um dos melhores desempenhos do país.
O que realmente me deixaria preocupado, seria se não estivéssemos criando essas oportunidades. E, apesar do baixo índice de aproveitamento, isso não nos impediu de vencer os TRÊS jogos DECISIVOS na última semana, SEM o nosso principal jogador.
Vou reclamar DE QUÊ? De não estarmos goleando?

Como disse no início, não podemos nos dar ao luxo de continuar saboreando nossa conquista. Hoje já começamos uma nova competição mais importante ainda, no sábado outra e em uma semana teremos outra decisão.

E para sentirmos esse mesmo gostinho outras vezes ainda este ano, basta que o nosso Zé dê continuidade ao magnífico trabalho que vem fazendo, que nossa equipe mantenha a eficiência e que São Judas nos ajude um pouquinho mais nas finalizações.

PRA CIMA DELES, MENGÃO !!!

Fonte: null

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