Victor Villagra, torcedor do Boca Juniors, carrega até hoje a lembrança da regata do Flamengo que usava na La Bombonera — uma peça que se transformou em amuleto entre as décadas de 1980 e 2000 e que criou uma ligação inesperada entre um xeneize e o nosso time.
Na Bombonera, uma peça que cruzou rivalidades
Villagra lembra que ganhou a regata do Flamengo de um amigo torcedor do River Plate e passou a ser reconhecido nas arquibancadas por aparecer com o manto rubro-negro. A presença da peça virou curiosidade entre os torcedores e, para ele, parecia levar sorte ao Boca nas partidas em que a usava.
O torcedor contou ainda um episódio que consolidou a superstição: em uma ocasião em que não levou a regata, o Boca perdeu — o que fez Villagra se questionar sobre a influência da peça nas vitórias e agregar mais misticismo à história da regata do Flamengo.
Veterano, memória e o sonho do Maracanã
Além da história com a regata, Victor Villagra é veterano da Guerra das Malvinas, experiência que o marcou e gerou apelidos na arquibancada. Esse passado se mistura à lembrança afetiva pela peça que ele guarda até hoje.
Para 90%, eu sou ‘Mono’. E para outros, sou ‘Flamengo’. E para outros sou veterano de guerra
Mesmo bastante desgastada e desfiada pelo tempo, a regata segue guardada como relíquia. Villagra mantém viva a vontade de conhecer o Maracanã e assistir a um jogo do Flamengo ao vivo.
Não perco as esperanças de estar algum dia no Maracanã vendo uma partida do Flamengo
A história de Victor Villagra mostra como o Flamengo ultrapassa fronteiras: uma regata que deixou de ser apenas roupa e virou símbolo de paixão que supera rivalidades.