A falta de títulos nas categorias de base da Seleção Brasileira foi tema de debate no “Bem, Amigos” desta segunda-feira (4) e o técnico Abel Braga, do Flamengo, não fugiu do tema e apontou a cultura do resultado no Brasil como um dos principais causadores.
A discussão de Galvão Bueno e o ex-jogadores Casagrande levantou questionamentos sobre o trabalho do técnico Carlos Amadeu no time canarinho, lamentou a falta da famosa ginga brasileira e Abel Braga contou sobre sua relação firmada no clube rubro-negro.
“Aqui [no Brasil], a nível de contrato, a segurança [do treinador] é zero. O Flamengo me propôs contrato de dois anos. Tomara que eu fique cinco, mas falei um. Não tem multa rescisória para o Flamengo e nem pra mim. Se eu quiser sair, tô fora. Se o Flamengo quiser mandar embora, é zero também , só pagar os dias que trabalhei. Eu tô feliz, quero ficar lá quatro, cinco anos, e acabar minha carreira ali“, contou.
O treinador lembrou que após a decisão de sair do Fluminense, em julho do ano passado, recebeu ofertas de trabalho e usou sua bagagem para saber dizer sim e não aos interessados pelo desejo de fazer o melhor.
“Eu vou jogar ofensivamente, como sempre joguei. Vou tentar propor o jogo e fazer tudo o que puder para o cara falar que ‘dá prazer ver o Flamengo jogar’. O Flamengo virou dois jogos em 70 jogos no ano passado. Nós, esse ano, viramos dois em sete. Não tô preocupado se vão me mandar embora. Vou fazer o que eu achar melhor“, concluiu.
Em sete partidas no comando do Mengão, Abel soma cinco vitórias (4 na Taça Guanabara e um na Flórida Cup) e dois empates (Guanabara e Florida – com vitória nos pênaltis).
Depois de liderar o Grupo C com folga, o Flamengo se classificou às semifinais e enfrentará o Fluminense, no sábado (9), às 19h (de Brasília), no Maracanã.