O Flamengo fechou um contrato com o técnico Dorival Júnior até o fim da
temporada, mas o processo trabalhista herdado por conta do vínculo antigo, de
2012/2013, segue sem acordo e pode virar passivo para a próxima gestão.
Embora o
treinador tenha dito que a dívida não será problema para o trabalho iniciado no
último sábado, a diretoria do Flamengo ainda diverge dos valores apresentados
pelo advogado de Dorival.
No processo, que corre na Justiça do Trabalho, o
treinador pede o pagamento de R$ 11 milhões. O clube, no entanto, não aceita
pagar esta quantia ao profissional.
O entendimento é que o acordo precisa ser bom para as duas partes. A
negociação acontece há dois meses, depois de várias movimentações judiciais ao
longo de 2017, sem chegar a um lugar comum.
Tanto que internamente a escolha do
treinador também teve o entendimento definitivo como um dos objetivos. O passivo
com Dorival Júnior é o último grande caso trabalhista pendente na atual
gestão.
O clube conseguiu acordos vantajosos com Ronaldinho Gaúcho, por exemplo. E
refuta apenas alguns pedidos de adicional noturno de ex-atletas. A aposta da
diretoria é tratar do tema com Dorival nos intervalos de seu trabalho no dia a
dia do futebol.
Pessoalmente, o treinador já sinalizou que não haveria qualquer
resistência a um acordo, segundo ele apalavrado recentemente. Na prática, no
entanto, há divergências e ainda não se chegou a um valor que atenda aos dois
lados.
Dorival deixou o Flamengo em 2013, no início da gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello, pois o clube não conseguiria honrar com os pagamentos com sua comissão técnica, que tinha vencimentos progressivos.