O caso de Bruno Henrique continua a ser um tema recorrente nos noticiários esportivos. Nesta segunda-feira (08), Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, defendeu o atacante e rejeitou qualquer comparação com outros atletas que já foram excluídos do futebol. Ademais, o representante legal do clube carioca considerou como exagerada a sanção imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao jogador identificado pelo número 27.
As sanções mais severas se aplicaram a fraudes relacionadas ao jogo, ou seja, a alguma combinação irregular que resultasse em um desfecho artificial da partida. Nos demais casos, ocorreu exatamente isso.
Atletas foram abordados e realizaram combinações de jogadas para obter vantagens fora de campo. Bruno Henrique já planejava receber o terceiro cartão amarelo; essa atitude não é considerada antiética ou antidesportiva, mas sim uma estratégia do jogo.
O artigo que resultou na punição do jogador afirma: ‘Atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente’. Contudo, essa não é uma conduta que vai contra a ética desportiva, uma vez que a obtenção do terceiro cartão é permitida, e ele não pretendia influenciar o resultado do jogo. Sua intenção era receber o cartão para não atuar contra o Fortaleza e, assim, poder jogar contra o Palmeiras.
No máximo, isso teria sido uma informação privilegiada, e não existe um dispositivo no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) que penalize essa ação. O que há é no Regulamento Geral das Competições (RGC) de 2023, onde o Artigo 65 menciona que compartilhar informações sensíveis, privilegiadas ou internas é considerado uma atitude ilícita. Contudo, eu contesto isso, pois a informação privilegiada deve ser algo inesperado, e qualquer pessoa com conhecimento básico de futebol sabia que ele provavelmente receberia o terceiro cartão naquele jogo.
O que está ocorrendo é uma polêmica em torno da suposta leniência da pena, pois estão fazendo comparações com eventos anteriores que não têm relação alguma.
disse Michel Assef Filho em entrevista ao programa ‘Seleção SporTV’ nesta segunda-feira (08).
Bruno Henrique foi julgado na última quinta-feira (04) devido a um alegado envolvimento em um esquema de apostas esportivas. Naquele momento, o atacante foi acusado de forçar a obtenção do terceiro cartão amarelo em uma partida do Flamengo contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023.
Publicado em colunadofla.com