Agente de Paquetá justifica venda: ‘Não havia possibilidade de proposta maior’

Detentor de 30% dos direitos econômicos de Lucas Paquetá, e principal incentivador desde os tempos que o franzino meia tentava se firmar na base do Flamengo, o empresário Eduardo Uram falou pela primeira vez sobre a negociação com o Milan. O agente sustenta que o acordo na ordem de 35 milhões de euros, com 10 milhões de euros em bonificações, se tornou a segunda maior venda do futebol brasileiro – apenas abaixo de Neymar e ao lado de Vinícius Júnior -, e que os valores são o teto para um jogador de ponta no atual cenário do mercado sul-americano.

– Não havia possibilidade de ter proposta maior do que essa. Nem de outros clubes. Mas houve outras propostas, todas de clubes bons. Bate sempre nesse teto. O Milan foi a melhor proposta. A gente entende que para o Paquetá foi excelente – afirmou Uram ao EXTRA.

Questionado sobre se era mesmo a hora de sair, apesar do contrato vigente até 2020, com mula de 50 milhões de euros, o representante admitiu que poderia colocar o futuro de seu jogador em risco.

– Quanto ao momento da transferência, sobre o prisma do Lucas, é o momento importante. Era necessário ele ser provocado nesse nível esportivo elevado. No sentido de evolução mesmo. Para poder atingir o potencial máximo dele. Perder o momento da transferência colocaria em risco a capacidade dele de exercer seu potencial – disse.

Depois da entrevista coletiva convocada pelo Flamengo na manhã desta quarta-feira para justificar a venda sob o ponto de vista do clube, o empresário deu a versão sob o prisma de Paquetá. E confirmou que havia um planejamento de carreira para ele chegar ao topo e se desafiar na Europa.

– Em primeiro lugar, quando a gente começou a trabalhar a possibilidade de transferência para o Lucas, a prioridade era encontrar um plano esportivo de carreira, fazer ele no médio prazo poder evoluir, e para isso teria que ir para um clube com possibildaide de jogar, e capacidade de fazer essa transferência. A gente buscou mais do que uma felicidade efêmera, de clubes estratosféricos. O Milan é uma marca importante, que disputa grandes competições, com possibilidade de jogar a curto prazo. E especialmente convicção esportiva na contratação dele – detalhou Uram.

O agente não quis comentar as avaliações feitas pelos dirigentes do Flamengo sobre os valores da negociação. Mas reforçou que a ideia era encontrar um destino com a convicção no futuro de Paquetá, e onde ele jogaria no curto prazo, já que se apresenta em janeiro de 2019.

– Muitas vezes a operação se dá por exercício de força, para o rival não contratar, a gente quis evitar isso. Buscamos a convicção esportiva, como o clube vê o encaixe dele a curto prazo. No fim trabalhamos o mercado todo, todos os clubes que tinham potencial desse, e o valor é o limite máximo de um jogador do Brasil para o exterior. Aqui se joga Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil, ainda tem essa defasagem técnica. Ela demanda tempo para suplantar esses valores – opinou o agente.

Fonte: https://extra.globo.com/esporte/flamengo/agente-de-paqueta-justifica-venda-nao-havia-possibilidade-de-proposta-maior-23163565.html

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