O Flamengo respondeu publicamente à crítica da jornalista Alicia Klein — que comparou o clube a “uma criança de 6 anos” — e apresentou números que mostram o impacto financeiro da mudança na divisão dos direitos de transmissão pela Libra.
Como a mudança da Libra afeta as receitas
Até setembro de 2024, a distribuição dos direitos de transmissão considerava critérios de engajamento (TV 40%, torcedores 40% e estádio 20%). Com a alteração para critério de audiência (soma dos telespectadores de cada jogo), o Flamengo projeta uma perda entre R$ 450 milhões e R$ 500 milhões em cinco anos, com um impacto inicial de cerca de R$ 100 milhões já em 2025. No novo modelo, apesar de o clube gerar cerca de 47% da audiência, receberia apenas 20,41% do total — cenário que motivou a diretoria a buscar alternativas para reduzir a queda de receita e proteger investimentos em elenco e estrutura.
Resposta rubro-negra e propostas para mitigar perdas
Em reação à mudança, a diretoria rubro-negra propôs incluir o número de assinaturas de pay-per-view como critério de divisão e apresentou um modelo intermediário que elevaria a receita para entre R$ 220 milhões e R$ 230 milhões — um ganho de R$ 20 a R$ 30 milhões sobre o pior cenário previsto. O clube também destaca que a projeção para 2025 decorre da ausência de garantia mínima no novo contrato da Libra. A proposta do Flamengo busca equilibrar justiça na divisão com a sustentabilidade financeira do time, preservando sua capacidade de investimento e a competitividade que interessa diretamente à torcida.