Da mesma forma que seria extremamente injusto da nossa parte responsabilizar o Renato, por aquela atuação desastrosa da nossa equipe na Argentina na última quarta, também seria muita pretensão nossa, imaginar que foram apenas suas instruções que possibilitaram atuação tão animadora no dia de ontem.
Até aí, acredito que a maior parte de nós pense da mesma forma. Mas há um detalhe, percebido por uma grande parte de rubronegros atentos, que foi a identificação de uma Leveza, uma Descontração, uma Alegria dentro de campo entre nossos jogadores, que há muito tempo não existia. E isso, inegavelmente, teve influência do nosso novo treinador.
Não é segredo para ninguém o fato de possuirmos um elenco extremamente unido (viram o Gabigol correndo para abraçar o Pedro, depois de seu terceiro gol?), contradizendo uma parcela da mídia, que se esmera em tentar fomentar crises dentro do nosso vestiário.
Mas também é sabido que o ambiente no Ninho andava bastante pesado ultimamente. E esse peso, ao que tudo indica, era causado por um comandante pretensioso, antipático, mascarado e autoritário. Tudo bem, mascarado e pretensioso o Renato também até pode ser. Só que de uma forma infinitamente mais simpática, leve, engraçada, descontraída.
Se o nosso atual treinador afirma estar realizando um sonho, que ele também possa restabelecer o nosso, que sempre foi o de ver nossa equipe jogando com grande intensidade, marcando os adversários em seu próprio campo, não se satisfazendo por maior que seja a vantagem no placar e jogando com alegria.
Exatamente como fizemos ontem, deixando muito claro que o atual treinador tem uma identificação (e compreensão do que deseja o nosso torcedor) muito maior conosco do que o anterior.
Fonte: Flamengo RJ